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Agricultura

Moinho é indispensável para fragmentar ou pulverizar grãos e cereais

Invenção de gregos e romanos, o moinho é essencial para a moagem de grãos

A fragmentação e a pulverização de grãos secos, por meio de mós, obtidas com a tecnologia do moinho, são fundamentais para a produção de farinhas e farelos e na área da mineração.

O processo da moagem de grãos e cereais, principalmente para a produção de farinha de trigo, base para a preparação do pão, feito através do moinho e utilizado desde 2 mil anos a.C., continua tendo um papel essencial nos dias atuais, mesmo com o avanço tecnológico.

O que é moinho?

Moinho é uma construção destinada principalmente para a moagem de grãos e cereais. Exemplos: trigo, centeio, milho, cevada ou malte, bem como tubérculos e vegetais, por meio de mós.

Os moinhos diferenciam-se pela fonte de energia utilizada para fazer mover a mó. Há o moinho de vento, que utiliza o vento como fonte de energia, ou seja, energia eólica. Há também o moinho d’água, ou hidráulico, que utiliza a água corrente como fonte de energia. Também existem moinhos movidos por eletricidade ou tração animal.

Para que serve o moinho?

A principal função do moinho é a redução do tamanho dos grãos através da aplicação de forças de impacto, abrasão e compressão como, por exemplo, o moinho de bolas.

Com isso, os grãos são reduzidos a pó. Este pó, posteriormente, será utilizado em fábricas para a produção de farinhas e farelos, ração para animais, extração de óleos, entre outros.

Vantagens da moagem de grãos

Confira abaixo as principais vantagens da moagem de grãos e cereais:

Tipos de moinho

Existem vários tipos de moinho com construções diferenciadas e cada um com uma função específica de moagem. Confira abaixo quais são os principais tipos de moinho, suas características e usos:

Moinho de bolas

O moinho de bolas, classificado na categoria de moinho cilíndrico, pode ser encontrado em diversos tamanhos e várias finalidades. Há, por exemplo, os que atingem 20 cm de diâmetro (uso laboratorial), bem como os de 8 m de diâmetro (uso industrial).

De corpo cilíndrico, na maioria das vezes o moinho é fabricado em chapas de aço curvadas e lustradas/acetinadas. É revestido internamente com placas de aço ou de borracha. Possui em seu interior corpos moedores no formato de esferas em aço forjado ou fundido, porcelana ou pedra. Essas esferas ocupam 30 a 50% do seu volume.

Neste moinho, a fragmentação é feita pela ação do impacto e da fricção das bolas ao girar o moinho.

É bastante eficiente na moagem de grãos em pó fino, assim como uma ferramenta eficaz para fragmentar diversos tipos de minérios.

O processo de moagem feito a partir do moinho de bolas é bastante importante para a fabricação de produtos. Alguns exemplos são: café solúvel, sopas instantâneas, purê de batata desidratado em flocos, mostarda em pó, flocos de milho e cereais matinais.

Moinho de pedra

O moinho de pedra movido à água e instalado por colonizadores europeus na época do Brasil colonial servia para a moagem de trigo, que era utilizado na alimentação da população e na alimentação de animais.

Predominavam, à época, moinhos de roda horizontal, compostos de dois discos de pedra, geralmente em granito cinza ou rosa, também chamados de mós, que eram movidos pela queda d’água. Um dos discos era fixo, enquanto a água movimentava as pás de uma roda vertical presa em um eixo horizontal, fazendo a outra roda girar, triturando os grãos que eram colocados entre eles.

Atualmente, o moinho de pedra movido à água foi substituído pelo elétrico. O mesmo vem sendo utilizado tanto para a moagem de trigo e milho quanto para descascar café, principalmente no interior do país em fazendas, sítios e fábricas.

Moinho de vento

O moinho de vento utiliza a energia eólica, ou seja, o vento como fonte de energia para os seus mecanismos. Os moinhos de vento, principalmente na Holanda, onde são reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, eram utilizados tanto para o bombeamento de água quanto para a moagem de grãos.

Para a moagem de grãos e cereais, a energia capturada pelas lâminas (pás) do moinho de vento chega à sua base através do seu eixo central.

A instalação é composta por duas mós, sendo uma fixa, chamada de poiso, apoiada no chão do moinho. Sobre ela, é colocada uma segunda mó com uma ligeira folga entre elas. Dessa forma, não impede-se o movimento de rotação, chamado de corredor, onde são colocados os grãos.

Moinho de rolos

O moinho de rolos é utilizado para a moagem de grãos e cereais. Ao mesmo tempo, também é útil para a fragmentação de minerais como carvão, pedra, cascalhos, plásticos e vidros. Seu funcionamento baseia-se na rotação de dois cilindros lisos, horizontais e paralelos. Estes giram em sentidos contrários, porém, com a mesma velocidade.

O material a ser fragmentado é colocado entre os cilindros. A distância entre eles é regulável dependendo das condições da matéria-prima a ser operada. Sua moagem é feita por corte, compressão, abrasão e impacto.

Moinho de martelo

O moinho de martelo é utilizado na agroindústria para a moagem de grãos e cereais, nas indústrias farmacêuticas e químicas e na indústria alimentícia para a produção de condimentos, por exemplo.

O equipamento consiste em um rotor de alta velocidade que gira no interior de uma capa cilíndrica. O lado externo do rotor é acoplado com uma série de martelos nos pontos de articulação que são responsáveis pelo impacto sobre a matéria-prima, causando a sua fragmentação.

A utilização do moinho para a moagem de grãos e cereais, assim como para o bombeamento de água e produção de energia eólica, fonte alternativa de energia sustentável, sempre foi – e continua sendo – de suma importância para a indústria alimentícia, química e no ramo da mineração.

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