A ordenha manual tem o mesmo resultado da mecânica. A ordenha manual é um processo pelo qual o leite é extraído da vaca e depositado em um balde que fica localizado próximo ao animal.
É através da ordenha manual que muitos criadores de vaca fazem a retirada do leite, pois é um processo que necessita de poucos instrumentos e é basicamente todo feito pelas mãos do ordenhador.
O que é ordenha manual?
Ordenha manual é o procedimento pela qual o ordenhador manuseia a teta da vaca, apertando com força necessária para que o leite passe pela abertura existente entre a cisterna da glândula e a cisterna da teta.
Com a compressão que a mão faz, com movimentos alternados e compassados de abre e fecha, o leite vai saindo e sendo depositado no balde.
Esse processo de ordenha manual de leite geralmente é feito quando o ordenhador não possui um número muito grande de vacas lactantes. Do contrário, o mais utilizado é a ordenha mecânica.
Ordenha mecânica
Diferentemente do que acontece na manual, a mecânica é feita através de equipamentos que simulam os movimentos da mamada do bezerro.
Existem alguns tipos diferentes, como:
- Canalizada linha alta;
- Linha intermediária;
- Canalizada linha baixa;
- Balde ao pé.
A escolha do tipo depende da necessidade que o ordenhador identifica, sendo que independentemente do tipo de ordenha mecânica, o equipamento possui sistemas que são fundamentais.
O primeiro é o sistema de vácuo, depois tem a bomba de vácuo, reservatório, regulador, frasco sanitário, vacuômetro e tubulação de vácuo.
Além disso, para operar esse tipo de equipamento, é preciso que o usuário tenha conhecimento técnico para que o uso seja feito de forma correta.
Se a ordenha for feita de forma errada, a produtividade e a rentabilidade de leite podem diminuir bastante, o que causa prejuízos à criação de vacas lactantes.
Ademais, o mau uso não causa somente a diminuição da produtividade, como também resulta em uma perda na qualidade do leite obtido na ordenha.
Outros resultados negativos também podem ocorrer, como a mamite, que é uma doença nas mamas da vaca, além de maior custo na produção de leite.
Vantagens da ordenha manual
Dentre as vantagens da ordenha manual, uma das principais é o custo. Como são necessários poucos instrumentos para a realização da ordenha, o custo é pequeno.
Basta ter um balde e um coador. O balde irá recolher o leite ordenhado e o coador será utilizado para retirar qualquer nata ou substância que esteja presente na superfície do leite.
Além disso, a ordenha manual pode ser mais simples para evitar que a ordenha seja feita de forma errada.
Porém, nesse tipo de ordenha, é fundamental prestar atenção na higiene. Por isso, algumas dicas são essenciais e dadas pela EMBRAPA:
- Conduzir com tranquilidade a vaca até o local de ordenha;
- Realizar a lavagem cuidadosa das tetas da vaca;
- Secar as tetas com papel toalha de forma individual;
- Lavar as mãos;
- Realizar teste do fundo escuro ou caneca telada;
- Não interromper a ordenha depois de iniciada.
Ademais, após realizada a ordenha manual, alguns cuidados também são necessários para que essa prática ofereça segurança e higiene não só para o consumidor do leite, como para a própria vaca.
Assim, depois da ordenha é preciso desinfetar os tetos com solução que é especial e apropriada. Além disso, é importante levar a vaca até o cocho, depois da ordenha manual, para que ela se alimente.
Também é importante coar o leite e lavar todos os utensílios utilizados, como os baldes e latões.
A ordenha manual é tão benéfica quanto a ordenha mecânica e, se feita corretamente, o pensamento de que a ordenha manual seca o leite não é verdadeiro.
Assim como a ordenha mecânica pode diminuir a produtividade de leite se feita de forma errada, a ordenha manual também.
Portanto, a ordenha manual e mecânica precisa ser feitas com cuidados apropriados, levando em consideração a técnica necessária e higienização correta. Assim, muitos problemas podem ser evitados.
Fatores que influenciam a ordenha
Seja ordenha manual ou mecânica, alguns fatores podem influenciar esse processo, trazendo perda de equilíbrio e causando resultados negativos.
É fundamental prestar atenção no ambiente em que o animal está, tanto antes, quanto durante e após o processo de ordenha.
O ambiente de espera precisa ser na sombra, com espaço suficiente entre as vacas. Além disso, o local onde haverá a ordenha precisa ser muito limpo, confortável e arejado.
Ademais, todos esses ambientes não podem conter nenhum tipo de substância nociva que possa colocar em risco a qualidade do leite.
Outro fator que possui relação e pode influenciar na ordenha manual ou mecânica, é o ordenhador.
É importante que a pessoa que vai realizar a ordenha seja treinada com cursos específicos. Além disso, manter atenção com os princípios de higiene é outro aspecto fundamental.
Outrossim, tanto na parte de condução quanto na parte de ordenha e retirada do animal, é essencial que o tratamento e relação entre animal e ordenhador seja sempre pacífica e com estímulos positivos.
Agressões, fata de paciência ou qualquer desconforto causado ao animal podem comprometer seriamente a qualidade da ordenha manual e até mesmo da mecânica.
É importante mencionar que o estresse sofrido pelo animal, momentos antes da realização da ordenha manual ou mecânica, causa liberação de adrenalina. Isso causa ejeção do leite, com diminuição na quantidade extraída, o que ocasiona perda no lucro de produção.
Portanto, não é só o processo prático da ordenha que é responsável pela qualidade da produção, como todo o processo e elementos que são envolvidos.
Ordenha manual x Ordenha mecânica
O procedimento de ordenha manual ainda é muito utilizado atualmente, pois é tão eficiente e válido quanto o procedimento mecânico.
Além disso, ambos os tipos de ordenha, se feitos de forma apropriada e segura, oferecem ótimos resultados na produtividade de leite e no crescimento econômico.
Assim, para realizar a ordenha manual ou optar pela mecânica, o importante é seguir as recomendações dos profissionais e ter o devido conhecimento técnico. Com isso, os resultados serão satisfatórios e sempre dentro do esperado na produção.