Por ter diversas possibilidades de utilização e comercialização, o papel continua sendo uma ótima opção de investimento
O papel é essencial para muitas das tarefas do nosso dia a dia. Ele já se tornou uma parte tão básica das nossas necessidades que, muitas vezes, sequer notamos como nossa interação com ele é frequente.
Por isso mesmo, o papel movimenta uma indústria bilionária e muito diversificada, o que garante para os investidores uma boa margem de lucro. Tudo isso utilizando matérias-primas semelhantes, mas que podem resultar em produtos finais muito diferentes.
O que é papel?
Papel é o produto gerado pela compressão de fibras de celulose em uma espécie de pasta. Estas fibras são, geralmente, de origem vegetal. É mais comum que a obtenção das fibras de celulose seja feita através de ervas ou madeiras. No entanto, outros processos, como a reciclagem, também podem resultar em material semelhante.
Esta pasta, também chamada de polpa, passa mais tarde por um processo de secagem e o resultado são os papéis.
A espessura e o comprimento do produto final podem variar de acordo com o propósito pretendido para ele. No entanto, é mais comumente comercializado em formato de folhas ou até de rolos.
Muitas vezes, o papel pronto é utilizado como a matéria-prima que dará origem a diversos outros tipos de materiais que podemos utilizar ou interagir no dia a dia.
História do papel
Embora atualmente o papel seja muito popular no nosso dia a dia para escrita, desenho ou mesmo para embalar algumas coisas, ele pode ser considerado relativamente “novo” no ocidente. Sim, é isso mesmo!
Isso porque, durante muito tempo, outros tipos de materiais foram usados para este propósito. Por muitos anos, registros foram gravados em pedras, cerâmica ou mesmo na madeira.
A depender da cultura, produtos semelhantes ao papel foram criados a partir da utilização do couro de animais ou mesmo de alguns tipos de tecidos reciclados. Sobre o último caso, há inclusive registros de papiros criados a partir das bandagens recicladas de múmias.
Enquanto isso, na China, há registros de cerca de 2200 anos da utilização de um papel com uma produção muito mais semelhante a que utilizamos hoje em dia. No entanto, este conhecimento chegou à Europa apenas cerca de 1400 anos depois.
O problema é que a produção de papel ainda era considerada muito cara e séculos ainda se passariam antes de ela ser popularizada.
Foi apenas em meados de 1800, na era da Revolução Industrial, que o papel passou a ter um custo de produção mais baixo, assim, popularizando seu uso para diversos propósitos e tornando o custo final do produto consideravelmente mais acessível.
Tipos de papel
Existem diversos tipos de papéis e sua definição pode variar de acordo com sua manufatura, ou seja, como é feito o papel. A forma como o papel é produzido pode fazer com que o produto final seja direcionado para usos específicos.
Um dos tipos de papel mais conhecidos, o sulfite, leva este nome devido à maneira como ele é produzido, isto é, devido ao uso de diversos sais e ácido sulfuroso para a obtenção da celulose.
O método Kraft, por outro lado, é ainda a forma mais comum de se produzir papel. A obtenção do produto final exige diversos passos, tanto mecânicos quanto químicos, que resultam em um tipo muito puro de celulose.
No entanto, existem ainda diversos tipos de papel que podem não ser tão conhecidos quanto aqueles que levam os nomes de seu tipo de produção, como os citados acima. Entre eles estão:
- Ácido;
- Bíblia;
- Couché;
- Higiênico;
- Jornal;
- Fotográfico;
- Manteiga;
- Moeda;
- Offset;
- Termossensível;
- Papelão;
- Vegetal.
Esses são apenas alguns dentre muitos outros, de usos, nomes e processos de fabricação diversos.
Usos do papel
Desde a revolução industrial, o papel foi cada vez mais incorporado à nossa cultura e ao nosso dia a dia. A utilização do papel deixou de ser algo exclusivo das elites para se tornar muito comum para todas as classes do mundo inteiro.
O papel é utilizado para a produção de dinheiro, para a escrita, para embalagens, para a impressão, para a higiene e até para decoração.
Por ser muito versátil, seu uso também é incorporado a meios diversos. Muitos se valem, inclusive, da sua alta capacidade de deterioração para incorporar a produtos que se tornam mais amigáveis para o meio ambiente. Exemplos cada vez mais comuns são a substituição de sacolas, canudos e copos plásticos por produtos semelhantes feitos em papel.
Reciclagem de papel
O papel reciclado também tem se tornado cada vez mais popular. Hoje em dia é possível comprar diversos produtos feitos em grande parte de outros papéis que foram descartados.
O processo de reciclagem, inclusive, beneficia muito o meio ambiente, já que faz desnecessário o corte de novas árvores e ainda evita a produção de metano durante a decomposição. Além disso, o uso de maquinário e água é significativamente reduzido.
Os papéis que são devidamente separados e enviados para a reciclagem passam por um processo de higienização e, ainda, de remoção de tintas. O processo geralmente passa pelas fases descritas abaixo:
- Separação de material propício para a reciclagem;
- A mistura do papel a se reciclar com água e produtos químicos;
- O papel é picado e aquecido, voltando a obter a matéria-prima do papel, a celulose;
- Este processo resulta na obtenção de uma nova massa, chamada polpa;
- Essa massa é espalhada em telas para a remoção de resquícios de cola e plástico;
- A massa passa por um processo de limpeza e de remoção de tinta;
- Posteriormente, ela ainda pode passar por um processo de branqueamento (embora muitos papéis reciclados não passem por essa etapa);
- Depois, é misturada à água;
- O processo se torna o mesmo daquele pelo qual o papel comum passa.
Por suas diversas aplicações e por seu uso contínuo, o papel continua sendo um destaque importante na economia mundial. Mesmo com as preocupações crescentes com problemas relacionados ao meio ambiente e à remoção de árvores, soluções simples podem ser utilizadas para contrabalancear. Exemplos mais comuns são a reciclagem, assim como o reflorestamento das áreas afetadas pelos cortes para produção.