Quando ocorre o parto distócico é necessária a intervenção humana para ajudar o animal a nascer. O parto é um momento importante na pecuária, pois é a renovação de um ciclo, início de uma nova lactação e o nascimento de uma cria. Geralmente esse processo ocorre sem maiores problemas com as vacas, porém, em caso de parto distócico, é preciso ajuda de um veterinário.
O parto distócico pode ser desde um atraso no parto ou até mesmo a incapacidade de parir, necessitando de intervenção humana para auxiliar no processo.
O que é parto distócico?
Parto distócico é quando, apesar das contrações uterinas, o bebê não consegue nascer naturalmente, estando bloqueado fisicamente.
Geralmente os casos desse tipo de parto estão ligados a origem materna ou fetal. Para ser caracterizado como parto distócico, ou distocia, deve-se analisar três fatores: as forças de expulsão, o canal do parto e o feto. A distocia então ocorre quando um desses três fatores interferir no nascimento.
Durante um parto distócico, nos graus mais baixos de dificuldade, o próprio produtor ajuda o animal a dar a luz. Porém, em casos mais complicados, é necessária a intervenção de um médico veterinário.
O parto distócico pode gerar prejuízos para a saúde do animal, tanto a mãe quanto a cria, comprometendo o bem-estar e a sobrevivência dos bezerros ou novilhas. A distocia pode acometer animais de primeira cria e, os bezerros que sobreviverem, podem apresentar fraqueza e estresse, baixa oxigenação, dificuldade em se alimentar e para ficar em pé, dentre outros problemas.
Já a vaca pode apresentar propensão a infecções uterinas e outros problemas, por isso, os animais que passam por esse processo precisam de um manejo especial.
Parto distócico em bovinos
O momento do nascimento dos bovinos é importante na vida da vaca e do bezerro. Isso porque alguns problemas ocorridos no parto podem resultar em problemas na vida adulta desses animais.
Alguns estudos apontam que o trauma causado por um parto distócico pode resultar em maior mortalidade e morbidade no período chamado de neonatal. Esse período neonatal corresponde ao intervalo entre o nascimento e os primeiros 28 dias de vida.
Também há registros de que a distocia tenha efeitos a longo prazo sobre a cria, como o crescimento reduzido em bezerros de corte, principalmente no período de pré desmame. No caso de novilhas leiteiras, a taxa de crescimento vem a ser um determinante de fertilidade e futura produção de leite.
Contudo, há algumas formas para tentar evitar que o parto das vacas seja difícil:
- as novilhas devem ser criadas para que possam parir aos 24 meses de idade, com tamanho adequado e sem sobrepeso;
- no período do parto, a vaca deve estar em um ambiente limpo e seco, além de bem arejado;
- fique observando o parto, sem perturbar o animal, e só interfira se após o tempo normal o parto natural não acontecer – cerca de 8 horas.
Se o bezerro estiver em uma posição incorreta é preciso intervir. Se a cria precisar ser puxada para fora, é importante fazer isso no ritmo das contrações da vaca, sem forçar a saída. Ademais, é sempre bom o auxílio de um médico veterinário para evitar transtornos no nascimento do animal.
Importante lembrar que todos os procedimentos devem ser feitos com higienização da área e também o uso de luvas, evitando assim contaminações.
Assim, após um parto distócico, é de extrema importância um manejo adequado aos animais para evitar maiores complicações e garantir a saúde dos mesmos.