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Agricultura

Picão preto é uma planta medicinal que pode ser vista como erva daninha

O picão preto é muito abundante no Brasil. Conhecido por pica-pica, amor de mulher, fura capa, pico pico ou picão, o picão preto possui muitas propriedades medicinais por conter substâncias anti-inflamatórias.

Além disso, o picão preto é muito encontrado no país pois ele cresce em regiões quentes da América do Sul e nosso clima é muito favorável à espécie. No entanto, às vezes pode ser considerado erva daninha.

O que é picão preto?

Picão preto é uma planta de nome científico Bidens pilosa e que é muito utilizada para tratamentos de inflamações, como dor de garganta, artrite e dor muscular. Essa utilização é graças a propriedade anti-inflamatória que a planta possui.

Ademais, o melhor habitat para o picão preto é em jardim limpo, longe das ruas e sem contato com produtos tóxicos.

Ele tem a característica de ser uma planta pequena, com caule em tom verde escuro e conta com folhas que são um pouco mais claras que o caule.

Se você não tiver conhecimento de onde localizar o picão preto in natura, a planta pode ser encontrada em lojas de produtos naturais, além de férias e alguns tipos de supermercados.

Benefícios do uso do picão preto

Além de tratar algumas doenças já mencionadas, o picão preto também é benéfico para tratar uma série de outras condições, como:

Além de todas essas utilidades, essa planta muito versátil também é usado para aliviar sintomas de infecção urinária e até mesmo para controlar os níveis de açúcar no sangue, nos casos de pessoas diabéticas.

No entanto, é sempre bom lembrar que plantas medicinais não substituem tratamentos médicos com remédios. Portanto, o ideal e recomendado é sempre que você procure um médico caso sinta algum desconforto ou mal-estar.

Forma de uso

O picão preto é utilizado de diversas formas e uma das mais frequentes é como chá.

Para fazer chá dessa planta você precisa de meia xícara de chá de picão preto seco e meio litro de água.

Para preparar é simples, coloque a planta em uma panela com a água e deixe ferver por aproximadamente 10 a 15 minutos.

Depois desse tempo, filtre a mistura e pode beber 1 xícara de 4 a 6 vezes ao dia.

A forma de chá é muito recomendada para quem está com problemas estomacais ou com hepatite.

Mas essa não é a única forma de utilizar o picão preto. Em ocasiões de dor de garganta, faringite ou amigdalite, o modo de usar é através de gargarejos.

Para fazer gargarejos você prepara a infusão com a planta, espera até que esteja morna e faça aproximadamente 3 gargarejos ao dia.

Ademais, a planta pode ser utilizada em compressas mornas, que é o caso para alívio de sintomas de dor muscular e reumatismo.

Para fazer compressas, você prepara a infusão da planta, espera amornar e mergulha gaze ou compressas limpas na solução. Após, basta aplicar a compressa sobre os músculos ou articulações que estejam doloridas.

Efeitos colaterais do picão preto

Não há indicativos expressos de efeitos colaterais para a utilização de picão preto. Entretanto, é sempre importante saber que, assim como outras plantas e substâncias, o uso precisa ser feito com controle e precaução.

Assim, é importante não ultrapassar as doses recomendadas para o uso diário. Além disso, consulte seu médico para verificar se há alguma intervenção com medicamentos que você faça uso.

Ademais, acerca de alguma contraindicação, também não há muitas previsões expressas por ser uma planta medicinal, e não um remédio conhecido e estudado. Porém, o que se sabe é que em caso de grávidas e mulheres em fase de amamentação, o uso não deve ser feito sem consulta prévia ao pediatra ou obstetra.

Erva daninha

Além de ser uma planta medicinal, o picão preto pode ser uma erva daninha em algumas situações.

Uma das lavouras que mais é prejudicada com a presença dessa planta é a lavoura de café.

Muitas vezes essa o picão preto aparece em meio aos cafezais, sendo percebido quando pessoas passam entre a plantação e sentem alguma coisa grudar na barra da calça ou espetar as pernas.

Nesse caso, o que se identificou foram as sementes do picão preto. E nesse caso, como erva daninha, pode ser altamente prejudicial à plantação.

Primeiramente, o picão preto concorre com a plantação de café na absorção de água e de nutrientes, muitas vezes tirando os suprimentos do café para seu estabelecimento próprio.

Além disso, atrapalha a livre caminhada dos agricultores pela lavoura, pois as sementes machucam e incomodam as pernas.

Ademais, essa planta tem grande capacidade de armazenar e acumular fósforo e nitrogênio, que são dois nutrientes muito importantes para o crescimento e desenvolvimento do café.

Outrossim, ele cresce de forma rápida e é visto em 3 ciclos no ano. Dessa forma, ele pode estar presente nos cafezais durante todo o ano, o que causa ainda mais problemas e prejuízos.

Como controlar o picão preto?

No entanto, é possível controlar a presença dessa erva daninha nas plantações de café e outros tipos de cultivo.

Para controlar o picão preto como erva daninha, alguns sistemas diversos podem ser utilizados, como sistemas manuais, mecânicos ou químicos.

Se ainda não houve produção de sementa, você pode capinar ou roçar a lavoura para manejar a planta. Nesse caso, utilizar trincha pode ser muito mais efetivo do que roçadeira, pois tem mais chance de matar a planta.

Se for necessário uso de herbicidas, as plantas que mais são atacadas e morrem são as mais jovens. E nesse caso, o tipo de herbicida de emergência que precisa ser utilizado é o glifosato.

No caso de necessidade de utilizar algum herbicida em condições de alta população de erva, o indicado é utilizar, também, um herbicida de pré-emergência.

Considerações finais

Dessa forma, é possível destacar duas grandes ramificações do picão preto. Além disso, uma delas é a característica medicinal da planta, onde vários benefícios são tirados em proveito humano.

No entanto, em algumas situações como na plantação de café, é preciso ficar atento ao aparecimento do picão preto para evitar prejuízos na produção do produto que é um dos mais produzidos no país e exportado para vários locais.

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