Da mesma família da mamona, o pinhão manso é um arbusto que cresce rapidamente
O pinhão manso tem origem na América Latina e foi muito utilizado como cerca viva e corta-vento,. Isso se deve ao fato dessa planta crescer rapidamente em altura e diâmetro de caule.
De nome científico Jatropha curcas, o pinhão manso é da mesma família da mandioca e da mamona, a família Euphorbiaceae, ou euforbiáceas.
O que é pinhão manso
O pinhão manso é uma espécie de arbusto relativamente grande, que pode chegar aos 5 metros de altura. Devido a sua rusticidade, é uma planta com ampla distribuição geográfica, se adaptando bem a diversas condições edafoclimáticas (de solo e clima).
Ademais, também é resistente a longos períodos sem chuvas e resiste bem a pragas e algumas moléstias que podem acometer a planta. Apesar da boa adaptabilidade, essa planta não vai bem em solos encharcados, preferindo solos permeáveis e de baixa compactação.
Já a multiplicação dessa espécie se dá por diversas formas. Entretanto, os meios mais comuns são através de sementes, por estacas oriundas da poda de árvores já adultas e também por mudinhas da planta.
No caso das sementes, elas podem ser plantadas diretamente no solo ou formar mudas primeiro. A muda de Jatropha curcas, em condições ideais, se desenvolve rapidamente, assim é possível gerar essas mudas para posteriormente levar ao campo, sendo uma opção mais assertiva.
Ademais, se a multiplicação for por estaquia, podem ser enraizadas em um saco plástico com substratos nutritivos ou direto no campo. Importante lembrar que as árvores matrizes – aquelas que são fornecedoras de material para multiplicação – devem ter boa procedência, serem resistentes e produtivas, além de possuir um bom teor de óleo na semente.
Assim, o produtor pode ter a primeira colheita ainda no primeiro ano que, no começo, vai ser pequena, mas vai aumentando gradativamente. Por volta dos 5 anos a produção começa a se estabilizar.
Óleo de pinhão manso
Dessa forma, essa espécie se destaca por seu grande potencial na indústria de biocombustíveis, por seu grande potencial para substituir o diesel. O teor de óleo das sementes do pinhão manso é alto, podendo chegar a até 38%.
Além disso, ao queimar, ele não libera resíduos como fumaça com enxofre, contribuindo para a sustentabilidade. Esse óleo também já foi utilizado para iluminação e na fabricação de sabões domésticos. Porém, não é comestível, pois é de alta toxicidade para humanos e animais.
Além disso, há outros motivos para cultivar o pinhão manso:
- é uma planta perene, não precisando de replantio todo o ano;
- produz bem mesmo em terras com baixa fertilidade;
- fácil manejo;
- o óleo de pinhão manso, quando transformado em biodiesel, chega a poluir até 80% menos que o diesel;
- o biodiesel desse óleo não contém enxofre;
- ajuda a recuperação de solos degradados;
- pode ser plantado consorciado com hortifrutis, o que permite uma interação benéfica para ambas as espécies cultivadas;
- o óleo do pinhão manso, inclusive, serve como repelente para ser usado nos pomares;
- pode ser rentável devido ao óleo ficar atrelado ao preço do petróleo.
Sendo assim, o pinhão manso é mais uma opção para o produtor investir e diversificar a produção.