A raiz axial é uma estrutura vegetal que permite distinguir claramente suas ramificações. As raízes são imprescindíveis às plantas, sendo que a raiz axial é um de seus principais tipos. Em suma, elas absorvem, diretamente do solo, todos os nutrientes necessários para garantir a sobrevivência dos vegetais.
Só para exemplificar, há outras funções importantes, realizadas também pela raiz axial, tais como a reserva de nutrientes, sobretudo em relação aos tubérculos. Visto que nas pteridófitas (vegetais sem sementes) as raízes se desenvolvem prematuramente, nas espermatófitas (com sementes), as raízes são originadas no embrião.
O que é raiz axial?
Trata-se de uma raiz subterrânea, podendo ser chamada de raiz axial ou pivotante. Uma de suas características mais notórias é, conforme mencionado, a possibilidade de distinguir claramente a raiz principal das secundárias.
Sendo assim, a raiz axial age para fixar as plantas ao solo ou a outros substratos. Além disso, ela permite a absorção de sais minerais e água, formando a seiva bruta e o oxigênio indispensável para a sua respiração celular.
A estrutura externa das raízes
A coifa serve para proteger as pontas das raízes perante os atritos com partículas do solo e ataques de microrganismos. Logo após, em seu interior, encontramos células multiplicáveis que estimulam o crescimento.
Pelo contrário, na região lisa, ocorre uma espécie de alongamento das células. Esse processo resulta no crescimento das raízes. Por conseguinte, a região pilífera ou de absorção é onde os finos prolongamentos crescem.
Conforme avançam, esses prolongamentos passam a absorver os sais minerais e a água que compõem a seiva bruta. Ou seja, na área de ramificação, as raízes secundárias são formadas.
Sob o mesmo ponto de vista, são elas que contribuem para a fixação das plantas ao solo. De conformidade com o fluxo natural de desenvolvimento, as formas ramificadas elevam a superfície de contato entre o substrato e a planta.
Nesse hiato, é garantida a eficiência da absorção das substâncias imprescindíveis à manutenção das plantas. Em contraste com outras dinâmicas biológicas, as raízes crescem “para baixo” (geotropismo positivo).
A estrutura interna da raiz
Sobretudo, as raízes apresentam componentes externos e internos fundamentais ao desempenho adequado de suas funções. Decerto, a estrutura interna das raízes pode ser dividida em “primária” e “secundária”.
Enfim, essa divisão leva em consideração o tipo específico de crescimento promovido. Em resumo, a estrutura interna se relaciona com as interações das raízes com os meios externos, possuindo, desse modo, estruturas especializadas em ramificação, absorção, penetração, etc.
Raiz primária
Na chamada “raiz primária” encontram-se os componentes que auxiliam o crescimento em tamanho (longitudinal) das raízes. Ao passo que o crescimento longitudinal se dá nas monocotiledôneas, ele ocorre, também, nas raízes jovens das dicotiledôneas, propiciando a penetração no solo.
Raiz secundária
De fato, as estruturas secundárias encontram-se no interior das mesmas raízes de crescimento primário. Assim, elas integram o conjunto estrutural de cada raiz. Então, trata-se de uma disposição encontrada, também, no caule.
Dessa forma, o procâmbio (tecido formado por células meristemáticas, capazes de realizar a divisão celular) está presente entre feixes de floema e xilema. Analogamente, outra estrutura vinculada aos crescimentos secundários é o periciclo.
Esse conjunto celular apresenta grande capacidade de divisão, formando os tecidos secundários. Isto é, as células do periciclo e do procâmbio se proliferam, gerando o câmbio vascular.
Contudo, essa estrutura pode ser encontrada, também, junto ao caule secundário dos vegetais. Ou por outra, os tecidos secundários são formados a partir da divisão, justamente, do câmbio vascular.
Funções da raiz
Antes de mais nada, as raízes apresentam a função primordial de absorção de substâncias. Em princípio, elas podem apresentar, também, outras funções, tais como o armazenamento e a fixação. Confira maiores detalhes:
- Armazenamento: certos vegetais armazenam as suas substâncias nutritivas, que são produzidas mediante fotossíntese (ou, até mesmo, água), nas reservas que se localizam nas raízes. Certamente, esse fato explica a nomenclatura “tuberosa”, presente em beterrabas, rabanetes, dentre outros;
- Absorção: as raízes são as estruturas capazes de absorver, do solo, as substâncias imprescindíveis ao metabolismo vegetal, como oxigênio, nutrientes e água. Por causa dessa capacidade, é possível a composição da seiva inorgânica que, ao ser absorvida, é transportada pelo xilema em direção às porções aéreas das plantas;
- Fixação: os vegetais necessitam se fixar ao solo. É indispensável obter segurança para suportar, por exemplo, as mudanças climáticas. Desse modo, as raízes contam com essa terceira funcionalidade.
Classificações das raízes
A classificação das raízes deve considerar o ambiente nos quais elas se encontram, a estrutura externa (utilizada para distinguir dicotiledôneas de monocotiledôneas) e o tipo da raiz.
Por certo, em relação aos ambientes ou habitat nos quais estão, elas podem ser classificadas das seguintes formas:
- Aéreas: localizadas sobre o solo e, geralmente, em ambientes com solos pobres em ar e nutrientes. A sua função é absorver e captar, da atmosfera, tanto o oxigênio quanto alguns nutrientes indispensáveis ao metabolismo vegetal;
- Aquáticas: como o nome indica, são localizadas na água, absorvendo nutrientes para os vegetais;
- Subterrâneas: um dos tipos mais comuns, se localizam abaixo do solo, fixando o vegetal.
Principais tipos de raízes
É possível diferenciar as raízes, ainda, quanto à sua organização em, basicamente, dois tipos: raiz axial e fasciculada. Esta, como explicamos acima, é constituída pela raiz principal. Em outras palavras, dela partem raízes secundárias ou ramificações. A propósito, as raízes de laranjeiras servem como um bom exemplo de raiz axial.
Principalmente, quanto à raiz fasciculada, convém lembrar que ela é composta por várias raízes finas e de um mesmo tamanho. Assim como podemos observar no caso das raízes de milho.
Por analogia, a maior parte das raízes são subterrâneas e terrestres. Em contrapartida, há exceções, como as aquáticas e as aéreas. Estas ficam em contato direto com o ar, longe do solo.
Assim também, além da fixação das plantas em suportes hospedeiros, elas permitem o estabelecimento de trocas gasosas nos solos mais pobres em oxigênio. Enquanto as raízes aquáticas são aquelas mergulhadas na água, certas raízes, sob determinadas condições, podem se adaptar, a fim de elevar as chances de sobrevivência das plantas.
Acompanhe, a seguir, alguns exemplos:
- Tuberosas: elas atuam como órgãos alimentares de reserva que, nas plantas, encontram-se sob a forma de amido;
- Escoras: também chamadas de raízes de suporte. A princípio, elas são formadas a partir de ramos ou caules, auxiliando na fixação da planta;
- Respiratórias: são bastante comuns nas plantas de solos com pouco oxigênio, quase sempre alagados (como os manguezais), dificultando a penetração direta de ar sob o solo;
- Sugadoras: existentes nas plantas parasitas.
Vale lembrar ainda as tabulares que contribuem para a fixação de algumas espécies. Da mesma forma, elas podem ter raiz axial e são relevantes para apoiar as plantas de maior porte.