Sósia do bem-te-vi, identificar um suiriri requer atenção aos detalhes. Embora um primeiro olhar sobre o suiriri possa remeter às cores e ao aspecto físico do parente famoso, o bem-te-vi, basta prestar mais atenção aos detalhes para ele mostrar que também é da realeza. Pelo menos seu canto também é uma característica marcante e inerente a inúmeros pássaros coloridos da nossa fauna.
De qualquer forma, além das semelhanças físicas, o suiriri é uma ave que, como outras já citadas aqui, tem ótima adaptação em centros urbanos e pode ocorrer em todo o Brasil. Enfim, podendo ser uma ave de hábitos migratórios, vale ressaltar que seu nome popular tem origem a partir de uma onomatopeia. Afinal, sua vocalização soa como um “si-ri-ri”.
O que é suiriri?
Suiriri é um dos tipos de aves mais belos encontrados nas cidades. Aliás, essa ave ocorre em todo o país, visto que ela ainda teve adaptação até mesmo em grandes centros urbanos.
Prova disso é que seu habitat requer apenas a presença de árvores, pois costuma passar seus momentos de caça e acasalamento pousado em fios de energia.
No entanto, além de fios e estruturas criadas por nós, ele costuma pousar nos pontos mais altos das matas, ajudando a ampliar seu campo de visão para defender a ninhada e se alimentar. Em relação ao corpo, um suiriri pode chegar a ter mais de vinte centímetros de comprimento.
Além do mais, sua plumagem é acinzentada na cabeça e possui o confundível peito em uma tonalidade amarela similar à do bem-te-vi. Para complicar mais sua identificação, o suiriri também apresenta uma faixa escura nos olhos.
Já sobre seu temperamento, ele é uma ave territorial e bem valente. Assim, costuma afugentar todas as aves que possam trazer alguma ameaça ao seu território, inclusive espécies maiores, como urubus, gralhas e gaviões.
Para manter essa braveza toda, o pássaro alimenta-se de diversos tipos de frutos e insetos. A partir de então, já nas primeiras horas do dia, ele começa com seu canto peculiar. Por isso que seu nome popular é suiriri, devido à sua vocalização soar algo como “siriri, siriri, siriri”.
Aliás, em tupi-guarani, o termo “su-y-ry-ry” pode ser traduzido como “pássaro que faz barulho”.
Enfim, esse sósia do bem-te-vi ocorre mais nos Estados Unidos e em quase todo o território sul-americano, principalmente no Brasil.
A espécie do suiriri cavaleiro
O suiriri cavaleiro pode até ser outra variedade das aves passeriformes, mas ele recebe uma série de nomes populares e inusitados. Até porque a maioria deles começa com “bem-te-vi”, do sósia.
Confira abaixo alguns dos sobrenomes regionais bem comuns:
- Monta-cavalo;
- Bem-te-vi-cabeça-de-estaca;
- Siriri;
- Bem-te-vi-carrapateiro;
- Suiriri;
- Bem-te-vi-coroa;
- Suiriri-do-campo;
- Bem-te-vi-do-gado.
Quando analisamos seu nome científico, o significado está relacionado a uma mistura de grego e latim que resulta em “pássaro combativo”, “pássaro briguento”.
Já pelas suas características, ele apresenta uma coloração que lembra demais as espécies da família Tyrannidae: peito amarelo, cabeça cinza, partes superiores marrons e garganta clara.
Aves em extinção
Todos sabemos que a extinção é uma temível realidade que inúmeras espécies da flora e fauna do Brasil e do mundo enfrentam. Nas palavras da Ecologia e da Biologia, extinção é um termo referente ao desaparecimento tanto de grupos de espécies quanto de espécies e de subespécies.
De qualquer forma, esse processo de extinção ainda pode levar algum tempo para concretizar-se. Contudo, ele tem início no momento em que populações inteiras de indivíduos de uma determinada espécie enfrentam até que sua redução termine com a morte do último exemplar.
Pensando sobre esse conceito, é um fato concreto constatar que diversas espécies estão na lista de ameaças de extinção. No entanto, apenas as dadas como extintas de verdade não devem apresentar mais indivíduo algum para contar a história.
Além do mais, é importante compreender como anda a escala geográfica da extinção.
Primeiro, a extinção local diz respeito ao tipo de extinção que uma espécie sofre somente em determinada região do planeta. A partir dessa análise, fica melhor entender como anda a distribuição geográfica de cada espécie e quais movimentos as espécies realizam com a iminente extinção.
Nos dias de hoje, vários ambientalistas e governos realizam trabalhos para reverter a situação perigosa dessas espécies. Em todo caso, a intenção é a de tentar evitar pelo menos a extinção que tem origem na ação humana.
Nesta lista de ameaças, as aves em extinção incluem espécies que se encontram extremamente em risco devido à ação do homem.
Infelizmente, são muitas as aves que estão na lista de ameaçados pela extinção. Conheça algumas dessas espécies:
- Albatroz-gigante (Diomedea exulans);
- Tiê-bicudo (Conothraupis mesoleuca);
- Pica-pau do Parnaíba (Celeus obrieni);
- Rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis);
- Crejuá ou pássaro-azul (Cotinga maculata);
- Rabo-branco ou bacurau (Caprimulgus candicans);
- Tietê-de-coroa (Calyptura cristata);
- Albatroz-real-do-norte (Diomedea sanfordi);
- Soldadinho do Araripe (Antilophia bokermanni);
- Arara azul (Nodorhynchus glaucus).
Características do Tyrannus melancholicus
Aves como o suiriri, cujo nome científico é Tyrannus melancholicus, ainda podem ser identificadas por lembrar um pouco as aves como as maria-cavaleiras. Os suiriris passam dos 20cm de comprimento. Não possuem topete ou tonalidades marrons na parte superior.
De qualquer forma, ele também tem muitas semelhanças com o espécime suiriri de garganta branca. Inclusive pela própria garganta branca que lhe dá o nome, embora a cor seja mais restrita e menos intensa.
Vale relembrar que o nome suiriri surgiu de sua vocalização, que é bem peculiar e pode ser reconhecida facilmente.
Seguindo as aves da família, esses pássaros costumam passar grande parte do tempo pousados de forma estática em fios da rede elétrica, antenas de televisão e no alto de galhos de árvores. Apesar de ser outra daquelas aves territoriais, para ter mais segurança, eles constroem ninhos em posições bem altas.
Como curiosidade, existem relatos que já comprovaram sua construção de ninhos até mesmo em árvores com a presença de colmeias. Assim, ele garante que um enxame também possa auxiliar na proteção de seus filhotes. Por outro lado, no inverno, esta ave migratória costuma seguir para o norte.
No entanto, alguns dados registram, nos últimos anos, atrasos e adiantamentos na chegada do suiriri a diversas cidades. Como possibilidade, essa alteração pode estar relacionada com as atuais mudanças climáticas ocorridas por todo o planeta.