Suzano Papel e Celulose está prestes a completar um século de existência
Pioneira no desenvolvimento de celulose de fibra curta a partir do cultivo de eucalipto, a Suzano Papel e Celulose ocupa há muitos anos as primeiras posições do mercado que atua. Em 2018, fez investimento decisivo para se tornar líder mundial na produção de celulose de fibra curta no mercado.
O grupo Suzano Papel e Celulose é uma empresa global, atuante em mais de 60 países, sempre em busca de inovação. Para isso, diversifica seus negócios investindo, por exemplo, em material para a produção de fraldas e absorventes femininos, desenvolvendo uma planta piloto chamada lignina, estudando para aprofundamento do conceito de biorrefinaria.
O que é Suzano Papel e Celulose?
Suzano Papel e Celulose é uma empresa do grupo Suzano, de base florestal, de capital aberto, voltada para a produção de papel e celulose de eucalipto. Também desenvolve produtos fabricados a partir do plantio dessa planta.
É uma empresa 100% brasileira com mais de 90 anos de história, líder do mercado mundial de produção de celulose de fibra curta e, sem dúvida, uma das referências mundiais do setor.
A estrutura da Suzano Papel e Celulose
Atualmente, a empresa brasileira de produção de celulose mantém sua sede administrativa em São Paulo (SP). Além disso, tem também mais três unidades industriais no estado de São Paulo, localizadas em Limeira e Suzano. Para finalizar, também conta com unidades industriais em Mucuri (Bahia), Belém (Pará), Imperatriz (Maranhão) e Fortaleza (Ceará).
A Suzano Papel e Celulose tem escritórios comerciais no exterior:
- Argentina;
- Inglaterra;
- Suíça;
- EUA;
- China.
Dados mais recentes apontam que a empresa conta com um total de 9 mil colaboradores e 11 mil prestadores de serviço.
Os produtos que a Suzano Papel e Celulose desenvolvem são comercializados em mais de 60 países. Em 2017, teve receita de R$ 10 bilhões de reais.
A história do grupo Suzano
A Suzano Papel e Celulose começa sua trajetória ainda nos primeiros anos do século XX, na década de 1920, mais precisamente em 1924, quando Leon Feffer começa um comércio de revenda de papeis nacionais e importados.
O período pós Primeira Guerra Mundial trouxe dificuldades de abastecimento de vários produtos e alimentos, incluindo papel. Feffer percebeu uma oportunidade de mercado e investiu na construção de uma fábrica, além da compra de outra, em Suzano (SP), cidade que acaba dando nome ao empreendimento.
Nesse período, a empresa importava papel de árvores de fibras longas. Até então, as de fibra curta rasgavam com facilidade. Não se conhecia tecnologia ou método que as fizessem mais resistentes.
Tal descoberta se fez imperiosa com o advento e o término da Segunda Guerra Mundial, época em que os preços da celulose dispararam. Para a saúde financeira da empresa, fazia-se necessário uma solução para diminuir tal custo.
Isso, então, levou o filho de Leon Feffer, Max Feffer, a pesquisar incansavelmente formas de desenvolvimento de celulose de fibra curta mais resistente. Assim, acabou apostando na produção de eucalipto para fazer papel. Tal descoberta colocou a empresa criada pelo pai como a pioneira mundial do produto.
Década de 1970 a 1990
Nessas décadas, a empresa Suzano foca na inovação na área florestal. Tal inovação inclui estudos e desenvolvimento genético e de clones, atividades que propiciam aumento de produtividade.
No final dos anos 90, Feffer vem a óbito e seu filho assume o comando da empresa. No entanto, o período de Max na Suzano Papel dura não mais que dois anos, pois vem a falecer de um mal súbito pouco depois.
Anos 2000
O foco da Suzano Papel e Celulose no começo do século XXI foi a profissionalização da gestão da empresa. Esse desejo estimulou a decisão da família Feffer de integrar o conselho de administração. Entre outras coisas, almejava a profissionalização do gerenciamento e o acompanhamento da evolução dos processos.
Os quatro filhos de Max ocuparam cadeiras no conselho, sendo que David ocupou a principal, a da presidência. Entretanto, nesse conselho, era permitida a entrada de membros independentes.
Foi nesse período dos anos 2000 que a Suzano Papel e Celulose começou a diversificar a sua linha de ação. Passou a vender, além de papel, celulose. Dessa maneira, quadruplicou suas receitas.
É nesse período também que se registra a expansão da empresa porque faz diversas aquisições e expande suas unidades industriais. O maior exemplo é a construção da fábrica no Maranhão, na cidade Imperatriz. Esse investimento contribuiu para que a exportação fosse ampliada.
2010 a 2017
Em 2010, a Suzano Papel e Celulose continua a diversificar seus investimentos e apostar no futuro ao adquirir a FuturaGene. É uma companhia com foco em pesquisa e desenvolvimento genético de plantas, mirando os mercados de bioenergia, setor florestal e de biocombustíveis.
Os laboratórios da FuturaGene se encontram no Brasil, China e Israel.
Em 2015, iniciou a construção da planta experimental de produção da lignina na Unidade Limeira. Também foi nesse ano o anúncio de entrada no mercado de papel tissue.
2018: Suzano Papel e Celulose e Fibria
No ano de 2018 ocorreu, com a aprovação do BNDES, a fusão das empresas Fibria e Suzano Papel e Celulose.
A Fibria era uma empresa controlada pelo Grupo Votorantim. Nasceu após a fusão da Votorantim com a Aracruz, em 2009, também em parceria com o BNDES. A Fibria era líder mundial na produção de celulose, acompanhada pela Suzano.
A inauguração da expansão de sua fábrica em Três Lagoas (MS) fez com que seu desempenho de produção fosse extremamente positivo, permitindo que a empresa saltasse de 7,25 milhões de toneladas anuais para 8,15 milhões. A receita líquida de celulose alcançou a marca de R$ 11,65 milhões.
Na disputa pela compra da empresa, entrou também um empreendimento estrangeiro e do setor do agronegócio: a Paper Excellence.
As duas enviaram propostas bilionárias para a Fibria, ambas muito parelhas. Mas a decisão de venda não cabia somente ao Grupo Votorantim, pois o banco estatal BNDES dividia – e ainda divide – o controle da companhia.
Pesou a favor da Suzano Papel e Celulose o fato de não se correr o risco de enfraquecer o mercado de capitais internos como uma eventual saída da empresa na Bovespa, em caso de venda para os holandeses. Ao mesmo tempo, a falta de garantias, financiamento, apresentação de documentos bancários que demonstrassem como a oferta da empresa holandesa seria financiada, pesou também na decisão.
Com essa aquisição, a Suzano Papel e Celulose se tornou, portanto, a líder mundial no segmento que atua e uma das grandes referências no Brasil.