O manejo adequado de uma lavoura é essencial para se obter bons resultados em produtividade, sem aumentar a área plantada, que é um dos desafios do Brasil agrícola. Assim, os produtores ainda precisam fazer uso de herbicidas para o controle químico de algumas pragas e ervas daninhas. É aí que entra o dicamba que, com nova formulação, atua no combate a ervas daninhas de folhas largas.
Para se obter sucesso nas lavouras, independente da cultura, certas práticas são necessárias, como a aplicação de defensivos, dentre eles, o dicamba.
O que é dicamba?
Dicamba é um herbicida poderoso, registrado em 1967 pela primeira vez. Esse herbicida se apresenta com nomes comerciais como, por exemplo, Oracle, Dianat, Banvel, Diablo e Vanquish.
O mecanismo de ação desse herbicida é das auxinas sintéticas, mesmo do herbicida 2,4-D, que foi o primeiro a ser sintetizado pela indústria e utilizado como herbicida. Assim, são considerados importantes no manejo e controle de ervas daninhas de folhas largas.
Porém, como não são seletivos às culturas que também tem folhas largas, como a soja, foi preciso desenvolver cultivares tolerantes ao dicamba, como a Intacta 2 Xtend, apresentada pela Bayer, que vem como a terceira geração de soja transgênica no país. A cultivar deve ser lançada oficialmente entre final de 2020 e 2021, pois ainda é preciso trabalhar em um manejo adequado a tudo que diz respeito a essa cultivar, diferente dos manejos atuais e convencionais.
O defensivo já é utilizado nos Estados Unidos contra o caruru e buva que são resistentes ao glifosato. Como efeito no solo, vem prevenindo o surgimento de novas plantas daninhas que possam vir a nascer em meio a soja.
Herbicida dicamba
Entretanto, o dicamba que é testado no Brasil é novo, com formulação diferente da já foi utilizada no país em 1970 e da dos EUA, que foi lançada em 2018.
Contudo, apesar de apresentar vantagens, o que preocupa muitos produtores de outras culturas mais sensíveis, é a deriva do dicamba. Isso pode afetar a soja não tolerante ao herbicida e outras culturas de lavouras próximas, como aconteceu no Rio Grande do Sul com o 2,4-D e os pomares de oliveiras e uvas, que foram afetados pela deriva do 2,4-D, que teve seu uso proibido por alguns meses no estado.
Assim, algumas recomendações para o uso desses herbicidas devem ser seguidas, dentro das boas práticas agrícolas. Não aplicar nas seguintes situações:
- se os ventos estiverem acima de 16 km/h;
- com temperaturas superiores a 29°C;
- umidade do ar abaixo de 40%.
Portanto, é preciso prestar muita atenção às condições climáticas e que os produtores estejam capacitados para fazer a aplicação, para não prejudicar a si mesmo e a lavoura.
Assim, além das condições climáticas, é preciso estar atento ao uso de pontas de pulverização para baixa formação da deriva; limpar bem o tanque para que não fique resíduos e, principalmente, aplicar no momento ideal, nos estágios iniciais das ervas daninhas. A Bayer, inclusive, fornece os bicos ideais de aplicação para os clientes.
Várias entidades estão testando a nova fórmula do herbicida , seus efeitos e consequências. Essa nova formulação do dicamba deve trazer uma volatilidade menor, com riscos reduzidos de queimar lavouras vizinhas pela deriva.