A proteção do meio ambiente e todos os seus ecossistemas depende de muitas ações, incluindo a preservação de florestas, animais, plantas e incontáveis tipos de sementes.
O olhar atento nas pesquisas que discutem os riscos de extinção de espécies da fauna e flora nos ajuda, afinal, a compreender a importância que elementos naturais – como os diferentes tipos de sementes – têm para o equilíbrio e sobrevivência na Terra.
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – o IBGE – divulgou uma pesquisa com números que preocupam. A pesquisa Contas de Ecossistemas, de 2014, indica que 3.299 espécies de animais e plantas estão ameaçadas no país.
Além disso, a pesquisa divulgou um dado interessante, que registra a existência de 49.168 espécies de plantas no Brasil. Para que milhares de plantas sobrevivam e continuem enriquecendo a flora brasileira, a conservação e disseminação de sementes é fundamental. Afinal, elas são responsáveis por proteger o embrião da planta.
É possível observar diversas maneiras de sementes serem disseminadas na natureza. Aliás, essa disseminação é fundamental, permitindo que elas sejam transportadas para diferentes regiões. Conheças algumas formas de disseminação de sementes:
- Transporte por pássaros
- Transporte por animais silvestres
- Rajadas de vento
- Água
- Agricultura
- Lançamento da semente pela própria planta
Quais são os tipos de sementes?
Uma maneira de compreender a importância das sementes é conhecer alguns tipos existentes na natureza. Muitas delas fazem parte do cotidiano das pessoas e passam despercebidas.
Dessa forma, se perde a oportunidade de aprender mais sobre o quanto são essenciais e como as pessoas podem ajudar a preservá-las. Vamos ver alguns exemplos de sementes.
Sementes oleaginosas
Essas sementes fazem parte do cotidiano dos brasileiros, como é exemplo do amendoim. Antes de tudo, o amendoim é um ingrediente chave de receitas típicas na culinária brasileira, tais como doces, pastas e bebidas.
Além disso, nozes, castanhas, avelãs e amêndoas fazem parte do grupo de sementes oleaginosas. Elas têm como característica importante a riqueza em gorduras boas, proteínas e vitaminas.
Sementes recalcitrantes
A principal característica desse grupo de sementes está em não passarem por processo de dessecação natural quando ainda estão em maturação. Em outras palavras, não perdem água, chegando a ficar extremamente secas.
Muitas delas também são vistas no consumo de frutas, como abacate e manga. Ainda mais, são recalcitrantes as sementes de jabuticaba, pitanga, pupunha e pinheiro-do-paraná, a semente da Araucária.
Sementes ortodoxas
Por outro lado, as sementes ortodoxas suportam altos níveis de desidratação. Mesmo com valores baixos de água, essas sementes não morrem ou perdem a viabilidade de germinação.
Exemplos dessas espécies são semente de cerejeira, cedro, umburana-de-cheiro e ipê-amarelo. Ambas têm tolerância a baixos níveis de água, chegando a 5% de sua composição.
Sementes amiláceas
As sementes amiláceas têm como característica a composição com altos níveis de amido. Por exemplo, o arroz e o trigo, além da aveia, quinua e cevada. Além disso, o milho também é uma semente dessa espécie, sendo um importante componente para a culinária e pecuária no Brasil.
Sementes de pastagem
Por fim, as sementes utilizadas em pastos também desempenham um importante papel, contribuindo para pastagens de melhor qualidade. Exemplo de sementes forrageiras é o grupo de brachiarias. São mais de 80 espécies, muito utilizadas na pecuária brasileira.
As brachiárias têm grande aceitação do gado e se desenvolvem bem nas condições climáticas do país. Por isso, esses tipos de sementes são bastante procuradas e comercializadas no agronegócio.
Imagem: Miguel Á. Padriñán