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Agricultura

Caju é grande fonte de renda para países tropicais

O caju é de origem brasileiro e atualmente apresenta forte produção no Ceará

O caju é nativo das terras brasileiras e foi descoberto em retrospecto mundial com a chegada dos portugueses. Atualmente, o maior produtor mundial é o Vietnã, seguido da Nigéria. A produção nacional decaiu com a troca de culturas, substituindo os cajueiros pela cana-de-açúcar. Ainda assim, a produção do fruto é até hoje em símbolo da economia nacional, sem perder a qualidade. A cultura demanda clima tropical e subtropical, além de solos arenosos.

O consumo do caju é uma realidade no mundo todo e recomendado por nutricionistas. É uma importante fonte de vitamina C, superando até a laranja; e também contém zinco, ferro e cálcio. O seu consumo também ajuda no processo de emagrecimento quando combinado com exercícios físicos. Sendo assim, é visto com bons olhos por aqueles que buscam bem estar e boa forma.

O que é caju?

O caju é uma fruto constituído por duas partes principais: o fruto em si, que é a castanha; e o seu pedúnculo floral, ou seja, um corpo piriforme de cor amarelo e rosado. O fruto do caju tem um formato muito semelhante ao rim humano. O termo caju é de origem tupi, originalmente ‘acaiu‘ que significa “a noz que produz”. O caju é fruto do cajueiro e é considerado um pseudofruto.

As principais características da árvore é o tronco tortuoso e ramificado. As folhas são róseas, e assim que atingem a maturidade, se tornam verdes. A árvore contém folhas pequenas, rosadas e perfumadas, se desenvolvendo de junho até novembro.

Esta cultura é de origem brasileira e nativa do litoral; o seu cultivo é muito forte no Nordeste brasileiro, tendo a sua colheita entre os meses de agosto e janeiro. Na natureza, existem dois tipos de cajueiros: o gigante e o anão. O tipo mais comum pode atingir até 4 metros, e o outro passa de 12 metros com facilidade. Há casos de cajueiros de até 20 metros.

Além de muito saborosa, esta castanha é rica em vitamina C e ferro. Com ela é possível produzir sucos, mel, e diversos doces como, por exemplo: cajuada, caju em passas e rapadura. A amêndoa presente dentro da castanha, uma vez seca e torrada é conhecida como castanha de caju.

O seu suco é capaz de fermentar rapidamente e, por isso, pode ser destilado para que seja produzida uma bebida alcoólica indígena conhecida como cauim. Da mesma forma, dele também é possível produzir bebidas não alcoólicas, como a cajuína.

A castanha do caju, depois de torrada é utilizada como petisco, sendo assim exportadora para todo o mundo. O suco de caju produzido de forma industrializada é muito consumido e apreciado em muitos países.

Qual a origem do caju?

A origem do caju no Brasil começa muito antes da chegada por portugueses. O caju sempre foi um alimento base para os povos indígenas por conta do sabor e a facilidade no preparo. Ele era servido pelos povos Tremembé como suco fermentado, chamado de mocororó, uma bebida consumida em cerimônias do Torém; uma dança típica deste povo.

A Amazônia é considerada o “útero” de muitas frutas e frutos que se espalharam pelo mundo no decorrer dos séculos, incluindo os tipos de caju. O cajueiro, por exemplo, é conhecido por ser uma árvore rústica e nativa dos solos brasileiros, mais precisamente das áreas que apresentam solos arenosos em zonas litorâneas. Isso engloba desde o Nordeste até o Baixo Amazonas, conhecido como um local do Brasil que ainda sofre com as interferências da colonização.

Na primeira metade do século XVI, começam as datações das escrituras sobre as árvore de caju. Foi a partir destas descrições em formato de diário de bordo que se iniciaram as viagens internacionais do caju; partindo do Brasil com os portugueses e chegando em Moçambique, Angola, Quénia e Madagascar, assim como também está na África, na Índia e em Goa.

Segundo dados da ONU, estes países representam cerca de 80% da produção mundial, sendo 20% de produção brasileira. Entre estes países, começaram a crescer as culturas de caju com excelência em terrenos secos e de caráter pedregoso. Assim, solos inférteis se transformaram para outras culturas e economias incorporadas, mudando a qualidade de vida da população dos locais.

Guerras do caju

As chamadas ‘guerras do caju’ ficaram conhecidas como lutas pelo domínio dos cajuais entre tribos indígenas há muitos anos. O combate era travado entre as tribos no momento que era época de frutificar os cajueiros e, então, as tribos se encontravam para se confrontar por quem deveria ficar com os cajus.

Na época da navegações que levaram à colonização, assim quando os europeus chegaram no Brasil, foi identificado por eles uma vasta concentração de frutos exóticos, dentre eles, a que chamou mais a atenção dos portugueses foi o cajueiro.

Os benefícios do caju

O caju sempre foi considerado um componente essencial para quem busca boa saúde e bem estar. O pseudofruto é visto como funcional no tratamento de inúmeras doenças inflamatórias na garganta e disenteria. Em muitas pesquisas, o caju apresenta um nível de vitamina C muito superior à laranja, assim como também contém cálcio, ferro, selênio, fósforo, ferro e muitas outras propriedades.

O suco de caju é muito apreciado no mundo dos esportes, pois é uma bebida rica em nutrientes que favorecem na queima calórica e fornecem energia. Além disso, de modo geral, mantém o corpo nutrido e melhora o desempenho do atleta em suas atividades físicas.

Os principais benefícios do caju são:

Os níveis de zinco e vitamina C que a castanha contém são essenciais para o sistema imune. Além de reduzir as chances de diversas doenças, pode também ajudar no combate de doenças por carência de proteínas; como, por exemplo, a anemia.

Produção de caju no Brasil

Para o cultivo do caju, as condições ideais estão presentes no litoral do Nordeste brasileiro. Esta cultura prefere solo seco e seu plantio deve ser iniciado em estação chuvosa. Tem preferência por clima tropical e subtropical, assim como é o do Brasil. Uma árvore madura, com mais de 4 anos, pode produzir de 100 até 150 quilos de caju por ano.

Após muitos anos dos cajueiros sendo exportados, a cultura se fixou em muitas regiões do mundo. Atualmente, a Índia é a principal produtora e exportada mundial da castanha de caju e do óleo da castanha; além de ter um alto controle de qualidade. Por outro lado, o Brasil teve as plantações do fruto substituídas por outras culturas, como a cana-de-açúcar, assim como também por luxuosas construções à beira mar.

Ainda assim, o país continua sendo um importante produtor da castanha, principalmente no Ceará, Piauí e também no Rio Grande do Norte. Há, ainda, destaque para o Ceará, que é o principal estado exportador do país até hoje. Em amplo retrospecto, a cajucultura é, hoje uma forte fonte de economia no Nordeste brasileiro.

De acordo com pesquisas, nunca houve uma cultura tão relevante para algum povo (tanto economicamente como socialmente) da mesma forma que o caju é para o Brasil. Além de ser amplamente explorado na culinária, o fruto também é presente na literatura nacional; em poesias, em ditados populares, em gírias, no folclore e até mesmo em jogos infantis.

Produtos do caju

É possível aproveitar praticamente todo o cajueiro, sendo o produto de destaque a amêndoa da castanha (ACC), localizadas no interior do fruto. No mesmo local também é extraída a película que reveste a amêndoa; e ela é muito utilizada em indústrias químicas na produção de tintas e vernizes.

Além disso, da casca é extraído o LCC, também presente na indústria química, desta vez para a fabricação de lubrificantes. Posteriormente, a casca também serve como energia para indústrias, a partir do aquecimento em fornalhas.

Já no caso do pedúnculo do caju, o pseudofruto, é processado em indústrias ou mesmo em mini fábricas como forma de obter o suco de frutas para a fabricação de suco e polpa congelada. Além disso, o pseudofruto serve também como alimentação animal e conta com inúmeros nutrientes importantes.

O caju é vendido em sua forma in natura em feiras orgânicas e supermercados. Outro ponto importante são as parcelas da planta que são também utilizadas, como o restante de galhos e a casca das árvores, pois são fonte rica em tanino e goma.

O caju na Segunda Guerra Mundial

No período da segunda guerra, o caju passou a ser foco de interesse para muitos produtores. O líquido do fruto era o fator principal que chamava atenção para a produção de LCC, que contém propriedades isolantes e protetoras. Desta forma, atualmente existem cerca de 200 patentes industriais que ainda lidam este tipo de extração do caju para comércio.

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