Veterinária

Linfadenite caseosa pode trazer muitos prejuízos econômicos

Linfadenite caseosa pode trazer muitos prejuízos econômicos

A linfadenite caseosa é contagiosa e atinge diversos tipos de animais em meio às criações

A linfadenite caseosa é, tipicamente, uma doença que atinge os caprinos e ovinos. Entretanto, ocorre esporadicamente em gados, cavalos, ruminantes, aves e até pessoas.

As perdas de cunho econômico relativas à linfadenite caseosa podem incluir morte, perda de lã e pele, abate prematuro dos animais do rebanho que foram afetados, entre outras questões.

linfadenite caseosa

O que é linfadenite caseosa?

Linfadenite caseosa é um tipo de doença crônica, bem como contagiosa. Sua causa se dá por conta de uma bactéria chamada Corynebacterium pseudotuberculosis.

Existe uma prevalência da doença variando entre os países e regiões, contudo, pode ser encontrada no mundo todo. Dessa forma, existe uma enorme preocupação com os produtores de pequeno porte de ruminantes dentro da América do Norte.

Esse mal caracteriza-se pela formação dos abscessos nos linfonodos periféricos principais (forma externa). Mas também é formado dentro dos linfonodos e órgãos internos.

Embora a forma interna e externa da doença ocorra em caprinos e ovinos, a externa é bem mais comum nas cabras. Já a interna é comumente vista nos ovinos.

A linfadenite caseosa em humanos

A linfadenite caseosa em humanos não tem histórico de contaminações naturais. Contudo, acredita-se que possa ser plenamente possível. Já ocorreram casos em diversos países, mas a ocorrência pode ter sido por meio de contaminação cruzada. Por exemplo, alguém que manejava um animal doente ou utensílio contaminado e que estava com um corte na mão.

Também já se teve notícias de indivíduos que se contaminaram por meio de leite infectado cru. Tanto por isso, as partes do animal que estão infectadas, em especial as que apresentam pus, devem ser tratadas dentro dos devidos cuidados. Todo contato direto pode acarretar infecção.

linfadenite caseosa

Linfadenite caseosa em bovinos

A linfadenite caseosa em bovinos, em geral, aparece em 3 formas clínicas:

  • Externa (cutânea);
  • Interna (visceral);
  • Mastítica.

A transmissão ocorre por meio das feridas abertas sobre a pele, mas também pelos pulmões e mucosas da boca. Alimentos contaminados, equipamentos e roupas entram na listagem também.

Os sintomas da doença são:

  • Abscesso no gânglio linfático, em especial em torno do pescoço e da cabeça. Sempre possui uma enorme quantidade de pus devido à inflamação;
  • O abscesso interno causa emagrecimento;
  • Vacas e novilhas afetadas desenvolvem mastite e aborto.

Linfadenite caseosa em ovinos

A linfadenite em ovinos se caracteriza pela formação dos linfonodos profundos e superficiais. Isso ocorre principalmente nos mesentéricos e mediastinais. É comum também nos órgãos internos, ocorrendo casos onde há a emaciação progressiva.

As perdas de cunho econômico que são associadas a essa doença se devem a fatores como:

  • Diminuição do percentual de peso corporal;
  • Distúrbios reprodutivos, tais como mortalidade perinatal ou atraso nas idades reprodutivas;
  • Diminuição na produção do leite;
  • Abate dos animais com o tipo crônicos.

linfadenite caseosa

A disseminação dessa infecção é passível de causar algumas condições patológicas como:

  • Artrite (claudicação);
  • Mastite clínica nos nódulos com secreção do leite de aparência purulenta;
  • Broncopneumonia crônica, envolvendo linfonodos brônquicos e mediastinais;
  • Dificuldade respiratória de forma acentuada.

Vacina para linfadenite caseosa

No Brasil, a vacina para linfadenite é uma das ferramentas usadas para o controle dessa doença. Entretanto, é bastante limitada, uma vez que não se encontram kits diagnósticos comerciais disponíveis com custo acessível.

Só existem 3 vacinas que são licenciadas, mas ainda não estão sendo usadas para linfadenite caseosa nos rebanhos com amplitude.

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    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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