O pântano permanece alagado durante todo o ano e tem um papel importante na preservação do meio ambiente. Embora o pântano pareça um lugar sombrio e sem vida, ele tem um papel muito importante para o planeta Terra. De fato, essas áreas ajudam na manutenção da saúde do meio ambiente, além de abrigarem diversas espécies de plantas e animais.
Confira a seguir mais informações sobre o pântano. Veja o que ele é e qual a sua diferença para o pantanal e o brejo. Além disso, conheça sua fauna e flora, e entender por que ele deve ser preservado!
O que é pântano?
Pântano é uma planície com vegetação que fica constantemente inundada. Isso acontece porque o solo do pântano é impermeável e mal drenado, impedindo absorção da água. Dessa forma, a terra fica sempre encharcada e encoberta por uma camada de água parada que pode chegar até a 6 metros de profundidade.
O pântano pode ser formado por água doce ou salgada, dependendo do que o alimenta. Os pântanos de água doce são formados em locais de deságue de rios, sendo reforçado pela água das chuvas. Já os pântanos de água salgada, por sua vez, são alimentados pela água do mar quando a maré sobe.
Embora o pântano seja uma região que fica o ano todo alagada, ele tem vegetação densa e solo com grande quantidade de matéria orgânica em decomposição. Em resultado de o pântano ter um acúmulo de água relativamente raso, os raios solares são capazes de aquecê-la, fazendo com que a temperatura da água fique mais confortável para os animais que vivem ali.
Pântano, pantanal e brejo
Embora pareçam a mesma coisa, um lugar alagado, o pântano, o pantanal e o brejo são diferentes.
Como vimos, o pântano é uma área plana com vegetação que fica constantemente debaixo da água.
Por outro lado, o pantanal é um ecossistema completo. Ele possui clima, flora e fauna próprios, passando por períodos de seca e períodos de cheias. De fato, o Pantanal é um dos maiores biomas brasileiros!
Por fim, o brejo é um terreno plano alimentado por águas subterrâneas, enquanto o pântano recebe água da chuva, de rios ou do mar.
Diferente do pântano, o brejo não tem vegetação, apenas terra amolecida e água, podendo passar por fases em que há mais barro do que água e vice-versa. Essas condições podem ser perigosas, já que humanos e animais podem ficar atolados.
Outra diferença notável entre o pântano e o brejo está no solo. Por estar constantemente inundado com água parada, o solo do pântano é pobre em oxigênio, o que pode levar ao apodrecimento de algumas espécies de plantas. Já o brejo tem um solo rico em minerais, pois tem um fluxo constante de água cheia de nutrientes subterrâneos.
Vegetação e animais do pântano
A vegetação do pântano é constituída por plantas hidrófilas, ou seja, que têm as raízes submersas. Dessa forma, a planta absorve poucos nutrientes, já que a quantidade de nitrogênio é bastante reduzida no pântano.
Além disso, é comum encontrarmos grande quantidade de turfa no pântano, um material orgânico que toma grande parte do oxigênio e do fluxo de água. Em resultado, a turfa acelera o processo de apodrecimento da vegetação.
Contudo, o pântano ainda tem vegetação variada bem densa. Em pântanos de água doce, é comum encontrarmos eucaliptos, bordos, palmeiras, salgueiros e ciprestes.
Por outro lado, os de água salgada têm menos vegetação, já que a maioria das plantas não atura a salinidade da água. O tipo de vegetação que se desenvolve melhor nesse tipo de água são os mangues, onde predominam as plantas de raízes aéreas.
Por outro lado, os animais do pântano são bem variados. Nele, podemos encontrar diversas espécies de peixes, cobras, jacarés, rãs, patos selvagens, cisnes, gaivotas, salamandras, lesmas e até mesmo alguns camarões e caranguejos. Além disso, em alguns pântanos, encontramos a aranha de água, o boto cor de rosa, o crocodilo do Nilo e o hipopótamo.
Contribuição do pântano para o ecossistema
Além de ter fauna e flora bastante peculiares, o pântano é muito importante para manutenção do planeta Terra. De fato, os pântanos ajudam na proteção contra tempestades, regulam as enchentes e facilitam a irrigação para agricultura. Além de tudo isso, ainda abrigam uma enorme diversidade de espécies de plantas e animais.
Além disso, mesmo que os pântanos correspondam a somente 3% da superfície da terra, eles colaboram para o ajuste de temperatura do planeta, pois absorvem mais gás carbônico do que qualquer outra floresta.
De acordo com alguns estudos, o pântano pode ajudar a reduzir as emissões de carbono e alcançar uma das metas do Protocolo de Kyoto, um corte de pelo menos 100 milhões de toneladas por ano.
Entretanto, no século XX, grande parte dos pântanos foi perdida devido ao desmatamento. De fato, a produção agrícola intensiva, o desenvolvimento industrial, a urbanização, a pressão imobiliária em áreas costeiras e a poluição contribuíram para essa perda.
Em resumo, a preservação dos pântanos é fundamental, tanto economicamente como ambientalmente. Por isso, foi criada a Convenção Ramsar, o único tratado mundial que fornece um modelo de conservação e uso consciente das áreas pantanosas.
Atualmente, cerca de 169 países de todas as partes do mundo fazem parte do tratado. Essa convenção foi assinada em 1971, porém, só entrou e vigor no ano de 1975. O seu objetivo é proteger e garantir o uso sustentável dos pântanos, de forma que ele não perca suas características ecológicas!
Por fim, a Ramsar instituiu o dia 2 de fevereiro como o Dia Mundial dos Pântanos. Para essa data, são produzidos materiais informativos a fim de apoiar eventos e atividades relacionadas a sua preservação. Sem dúvida, uma iniciativa super importante tanto no cenário econômico quanto ambiental.
Considerações finais
Como vimos, o pântano é uma área plana, com vegetação, que fica constantemente alagada. Dependendo do tipo de água que o alimenta, doce ou salgada, ele pode abrigar um tipo de vegetação e algumas espécies de animais.
De fato, a preservação do pântano é fundamental para a saúde dos humanos e de todo o planeta Terra!