Mecônio são as primeiras fezes eliminadas pelos mamíferos no início da vida. É um dos processos mais naturais após um parto, pois ajuda a equilibrar o organismo e já sinaliza os primeiros passos para ele andar sozinho. Afinal, durante todo período de gestação, uma mãe faz o possível para que essa hora chegue em segurança. Por isso, para quem quer chegar nesse ponto, prepare-se.
Muitas fraldas, lenços e algodões serão necessárias. Sem contar a ajuda mais que bem-vinda das pomadas e cremes contra as assaduras. De qualquer forma, antes de entrarmos no artigo, vale lembra que limpar o mecônio não tem segredo: nas meninas, limpa-se de cima para baixo, enquanto os meninos merecem mais atenção abaixo das bolinhas.
O que é mecônio?
Mecônio é o nome dado às primeiras fezes eliminadas por um mamífero no início da vida. Apesar de apresentar um aspecto viscoso, espesso e de tom escuro, essa ação do organismo é uma amostra salutar para a criança. Até porque ele indica que o sistema intestinal está funcionando bem.
Para você saber melhor o que é mecônio, esse termo tem origem no latim meconium e é consequência do estímulo da primeira ingestão do colostro. Ou seja, nos primeiros dias após o parto, a amamentação com o primeiro leite materno ajuda tanto a fortalecer a imunidade quanto a produzir mecônio.
Aliás, é importante frisar que uma amamentação regular auxilia o recém-nascido a evacuar todos os dejetos, ainda no período das primeiras vinte e quatro horas de vida do bebê. Enfim, após cerca de cinco dias, essas fezes mudam para um aspecto mais líquido e amarelado.
Sem falar que você poderá notar mudanças até na sua consistência. Isso quer dizer que o intestino do recém-nascido já dá sinais de que está funcionando normalmente. Mesmo assim, não se preocupe porque assim que ele mamar, vai eliminar o mecônio.
Contudo, se você notar ausência do mecônio nessas primeiras horas, fique atenta, pois esse pode um sintoma de paralisia ou obstrução do intestino. Assim, nesses casos, há a necessidade da realização de exames para que esse diagnóstico seja mesmo comprovado.
Além do mais, existe o risco até comum de o bebê acabar aspirando o mecônio, causando desde sustos a problemas mais sérios. Para entender melhor esse processo e como você pode evitá-lo, basta conferir o tópico logo abaixo.
Os riscos da aspiração de mecônio
Em relação à aspiração de mecônio, saiba que esse risco existe. Isso quer dizer que um feto pode acabar aspirando uma mistura do próprio mecônio combinada com o líquido amniótico, seja no parto ou mesmo ainda no útero.
Entretanto, complicações podem ser possíveis se houver alguma irritação pulmonar ou se as vias respiratórias estiverem obstruídas.
Por outro lado, a chamada síndrome de aspiração meconial ainda pode causar a perda de um líquido conhecido por surfactante. Esse é o líquido que atua dentro dos alvéolos pulmonares para fazer nossa respiração funcionar.
Da mesma forma, a falta do líquido vai causar uma redução no tamanho desses alvéolos e trazer sérios problemas respiratórios. Assim, se o bebê ficar incapaz de respirar, essa falta de oxigenação cerebral pode resultar em danos irreversíveis.
Em virtude desse risco provável mediante alguma complicação respiratória pela aspiração do mecônio, algumas medidas seguras podem ser tomadas. Como exemplo, após um processo da síndrome, é indicado, logo após o nascimento, aspirar nariz, garganta e boca do neném.
Assim, consegue-se eliminar das vias aéreas qualquer presença de mecônio ou líquido presente. Contudo, dependendo da situação, ainda podem ser aspirados o conteúdo gástrico e até a traqueia, complementando a técnica com possíveis massagens cardíacas.
O mecônio e o sofrimento fetal
Se por um lado a chamada maturidade fetal é garantia de que o intestino do recém-nascido está funcionando de forma adequada, ainda existem os riscos do chamado sofrimento fetal. Ou seja, trata-se de uma condição que pode acometer fetos devido à ausência de oxigênio no organismo.
Com isso, há um relaxamento dos esfíncteres e aumento da contração intestinal. A partir disso, podemos dizer que todo feto com a oxigenação normal vai acabar evacuando o mecônio. Eventualmente, em alguns casos essa eliminação pode ocorrer ainda no útero.
No caso de esse mecônio mantiver seu aspecto esverdeado, viscoso e escuro, está tudo normal. Ao passo em que, se ele apresentar uma composição espessa demais, seu bebê pode correr o risco da síndrome de aspiração meconial.
No entanto, vale lembrar que esse processo apenas ocorre em bebês que já estão esquadrados no sofrimento fetal. Isto porque todo neném saudável, embora aspire o mecônio, consegue eliminar qualquer dejeto de forma fácil e segura pelos mecanismos dos pulmões.
Enfim, existe uma forma para você saber se seu bebê está ou não em sofrimento fetal: através de análises dos batimentos cardíacos. Até porque eles podem conferir qualquer alteração de frequência quanto de batimentos cardíacos fetais.
Lembre-se, ainda, que toda criança, seja na fase fetal ou já um recém-nascido, demanda todas as atenções. Assim, se você tiver dúvidas sobre o mecônio, procure sempre seu médico para evitar problemas gestacionais.
A retenção de mecônio entre os potros
Claro que, antes de um potro nascer, ele está vivendo em um ambiente seguro. Afinal, o útero materno tem todas as condições para seu completo desenvolvimento. Por outro lado, ao entrar em contato com nosso ambiente, mudanças de temperatura e a necessidade de se alimentar já o tornam um alvo fácil para o começo de uma vida ainda muito hostil.
Contudo, uma das preocupações no momento do nascimento está ligada à retenção do mecônio. Embora seja pouco comum, nesse momento o reflexo da sucção por oxigênio é muito presente. Até porque seus primeiros minutos de vida demandam cuidados redobrados.
O vital para você é saber que a grande causa dessa retenção é justamente a falha ou ausência de ingestão do colostro. Mesmo assim, é preciso conhecer outras causas do problema, como asfixias neonatais, desidratação, estreitamento pélvico e até mesmo baixo peso.
Enfim, como a retenção de mecônio costuma causar cólicas na fêmea, alguns sintomas ajudam na detecção do problema, a exemplo de dorso arqueado e excesso de esforço ao evacuar. Por isso, fique atento nas primeiras doze horas após os sintomas. Lembrando que um exame físico profissional também pode apuar com mais veracidade sintomas como desidratação e a até mesmo a taquicardia.