Ícone do site Agro20
Agricultura

Rebento: conheça mais sobre este estágio das plantas

Para o agricultor, observar a chegada do rebento na plantação é sinônimo de bom plantio, dependendo do que se planta, a espera é maior.

rebento demonstra desenvolvimento correto das sementes, e é a fase que o plantio mais demanda cuidados para seguir crescendo de maneira saudável.

  1. O que é rebento?
  2. Como identificar o rebento?
  3. Quais os cuidados com o broto?
  4. Rebentos de flores
  5. Rebentos de alimentos
  6. Curiosidades sobre o termo rebento
  7. Brotos de feijão
  8. Como fazer mudas em casa?
  9. Estrutura do caule
  10. Como fazer a muda com o caule?
  11. Mudas de diferentes tipos de planta
  12. Como enraizar plantas na água?


O que é o rebento?

Mais conhecido como broto, o rebento nada mais é do que a fase inicial da germinação. É quando já é possível observar pequenos caules ou folhas acima da terra. Este fenômeno natural ocorre após a sementeira das sementes, ou seja, o plantio. A partir da irrigação adequada, as sementes começam a germinar e então o broto nasce no período determinado por cada tipo de plantio. O tipo de broto mais comum no Brasil é o broto de feijão.

Quantas vezes no escola estudamos o desenvolvimento nas plantas e então o professor sugeriu aos alunos que  plantassem feijão no algodão?

Este fenômeno acontece tanto na terra quanto no algodão por influência da germinação que as sementes ou caroços sofrem. Os rebentos de feijão são submetidos ao aquecimento do solo e com auxilio da água, as raízes brotam e então nasce o rebento.

Como identificar o rebento?

O meristema nada mais é que uma parte da planta onde estão localizadas diversas células se multiplicando entre si de maneira que novas folhas sejam formadas.

Em seguida, a partir do surgimento destas folhas, elas seguem até o rebento, e por conseguinte há o aparecimento de um novo merisma.

O objetivo é que estes merismas se desenvolvam até a ramificação dos ramos desta planta sejam visíveis e se prolonguem de acordo com cada espécie de planta.

Quais os cuidados com o broto?

Cada tipo de semente demanda um cuidado específico, como no caso das flores e dos alimentos.

O primeiro passo é providenciar um espaço de pequeno a médio porte para as raízes tenham espaço para se desenvolver. Investir em uma terra fértil de qualidade ajuda para ambos os casos.

A maioria das flores deve receber água todos os dias. Contudo, há casos das quais apenas necessitam de irrigação uma vez por semana, como é o caso dos brotos de cactos. Por isso, é importante estar atento às necessidades de cada broto.

No caso dos rebentos de alimentos, como os de feijão, a irrigação é diária e nos períodos de sol mais baixo para que os brotos não sofram superaquecimento.


Curiosidades sobre o termo rebento

A palavra rebento além de se referir ao nascimento de um plantio, este termo também possui um significado bíblico. A partir da propagação das mensagens contidas nos versículos da Bíblia, o número de fiéis aumenta. Portanto, o nome dado aos novos seguidores da palavra Cristo se denominam de rebentos.

Simbolizam um novo nascimento deste grupo. Os chamados rebentos novos, pois assim como as plantas, estes fiéis vão produzir mais frutos (novos rebentos) na religião.

A partir das informações acima, o rebento é claramente de grande importância para o plantio da agricultura. Isso porque é fundamental para o estágio inicial de desenvolvimento das plantações.

Brotos de feijão

Os brotos de feijão são os mais populares no Brasil, produzido em larga escala inclusive em ambientes domésticos.

Eles podem ser cultivados em miniestufas ou em alguns recipientes adaptados.

Coloque de 2 a 3 colheres (sopa) de leguminosa (feijão) em um vidro de boca larga e devidamente esterilizado.

Acrescente água até que todas as leguminosas fiquem submersas.

Deixe de molho por no mínimo 8 horas, mas para garantir, o melhor é uma noite inteira.

Cubra o vidro com um tecido fino e com furos para entrada de ar. O ideal é usar um voal. Prenda esse tecido com um elástico.

Depois escorra, enxague as sementes com água corrente e escorra uma vez mais.

Repita as lavagens de 2 a 3 vezes por dia e sempre escorra. Dependendo das condições de temperatura e luminosidade, a germinação surge entre 2 a 5 dias.

Enxague bem os grãos germinados, para a retirada de resíduos, e poderá usá-los em saladas, sopas e sucos.

Caso queira que virem rebentos, espalhe as sementes germinadas em camada de terra de pelo menos 3 cm, pode ser em um vaso largou ou até em uma bandeja. Regue todos os dias, mas sem encharcar a terra, e aguarde de 3 a 10 dias para o despontar dos brotos.

Como fazer mudas em casa?

Como fazer mudas em casa?

Sem dúvida a muda é a fase anterior ao rebento, o primeiro estágio de plantio que culminará na germinação da semente na qual apresentará as características mencionadas de rebento ou broto após as primeiras semanas de desenvolvimento.

É provável que em seus tempos de escola, anterior até ao primário, na pré-escola, tenha tido sua primeira experiência no campo fazendo mudas. O feijãozinho envolto em um algodão posto em um vaso ou direto na terra com o auxílio dos professores.

A seguir passaremos dicas de como fazer mudas um pouco mais elaboradas e na sua própria casa, se aproveitando das plantas que já cuida diariamente no conforto do seu lar.


Estrutura do caule

Para fazer mudas com outras plantas, a parte essencial a ser aproveitada dos vegetais que já tem dentro de sua casa é o caule.

Para entender de sua importância para o plantio, em todas as suas fases – muda, rebento, maturidade, e etc. –  é necessário estudar as suas principais virtudes.

O caule é a estrutura ou órgão de sustentação, normalmente da parte superior de uma planta.

A maioria das plantas cultivadas em ambientes domésticos tem caule cultivado pelo lado externo do solo, porém há algumas espécies de plantas com caules subterrâneos, isto é, cultivados abaixo do solo, como é o caso do gengibre.

A estrutura de um caule é dividido em 3 partes:

Os nós exercem função que se formos comparar com o corpo humano seria equivalente às células-troncos. Possívelmente já ouviu falar delas e da esperança da medicina de conseguir encontrar a cura para várias doenças se valendo das qualidades desse tipo de célula.

A principal característica delas é a de conseguir formar novos tecidos e até partes do corpo.

Os chamados nós são formados a partir do conjunto de células que no mundo vegetal seriam equivalentes às células-tronco, no caso são chamadas de células de meristema ou ainda tecido meristemático.

É pelos nós do caule que podem surgir uma folha, um ramo ou flor.

Como o nome já deixa explícito, se trata de uma fase intermediária do caule, uma fase entre os nós do vegetal, pontuam um intervalo entre um nó e outro. Essa parte do caule é formada por um conjunto de células especializadas em sustentação do ramo ou da planta.

Apesar de exercerem essa importante função, entretanto, não são capazes de formar novas estruturas como os nós.

Não são capazes de formar as estruturas que serão analisadas a seguir.

As gemas são as novas partes em crescimento de um caule. Elas podem apresentar cores variadas ao serem vistas de perto, pois já se tratam de minirramos, flores ou folhas em sua tenra fase de desenvolvimento.

Pela capacidade de formar novos tecidos, folhas, flores etc, e por ter uma base rígida de sustentação, o caule de plantas se mostra uma opção viável para desenvolver outros plantios.


Como fazer a muda com o caule?

Compreendido do porque um caule pode ser usado como base de uma muda, como utilizá-lo para fazer uma e em casa?

É fundamental que o caule a ser retirado da planta tenha nós e entrenós. Mas tenha cuidado ao retirá-la da planta fornecedora, pois a falta de cuidado poderá danificá-la. A dica é retirar a ponta dos ramos mais longos.

Outro detalhe importante, o corte deve ser feito no entrenó, pois isso garante que os nós, região que se desenvolve os novos tecidos, fiquem em contato com a terra ou com a água.

Para garantir bom desenvolvimento e rápido, tente extrair caules com mais de um nó. Quanto mais tiver, mais chances da muda vingar em boas condições.

Observado todos esses detalhes e extraído o caule, vem agora à parte da “limpeza”. Essa parte consiste na retirada de folhas que poderão entrar em contato com o solo ou com a água. Pode puxá-las com as mãos mesmo.

É necessário extrair essas folhas, porque se estiverem presentes na muda, o caule não irá produzir raiz. No entanto, se as folhas forem retiradas, a função natural das células dos nós é produzir novas estruturas, que no caso seriam as folhas, flores e ramos.

Local de plantio

São duas as possibilidades e tudo dependerá do tipo de planta a ser cultivada e de sua estrutura (área de plantio).

A muda pode ser plantada na terra, se tiver um bom local em casa com espaço suficiente para o bom desenvolvimento da planta e que receba sol, ou direto na água.

Atente-se que não são todas as plantas que conseguem enraizar estando na água, à maioria precisa ter contato com a terra, caso principalmente das suculentas.

Mudas de diferentes tipos de plantas

Caso tenha curiosidade ou necessidade de saber como fazer mudas de uma espécie específica, segue as principais dicas de muda das plantas mais procuradas para ambientes domésticos. E já que citei as suculentas, comecemos por elas.

Elas são mais fáceis de propagar, pois se necessita apenas de uma folhinha para fazer a muda.

Basta tirar uma folha da planta do gênero em questão. Ao arrancar uma, ela carrega na ponta as já mencionadas células meristema.

Coloque essa parte que evidencia a cicatriz causada pela remoção em contato direto com o solo. Mas atenção, não é para enterrar a folha, apenas deixá-la apoiada sobre a terra, pois do contrário poderá apodrecer.

É possível fazer um berçário, no entanto, um simples e pequeno vaso matriz é o suficiente para comportar várias mudas.

Quanto à parte de rega, evite molhar diretamente a folha, se concentra apenas no solo. E regue apenas 3 vezes por semana. É importante que nessa fase de enraizamento a terra fique sempre úmida, mas não encharcada.

Em questão de dias, as raízes são formadas, a planta fixa-se no solo e a folha que serviu de base começa a se deteriorar enquanto a nova planta, o rebento, surge e se desenvolve.

Outra espécie de planta bem procurada para ser criada em casa é a dos cactos.

No caso, o que você irá extrair não se chama exatamente caule, mas exerce a mesma função. Cada parte de um cacto botanicamente é denominada como “cladódio”. Vulgarmente também são chamadas de “orelhinhas”.

Basta tirar um pedaço dessas orelhinhas e fazê-la ter contato com o solo arenoso. Para regar esse tipo de muda, se concentre apenas no solo e apenas uma vez a cada 7 ou 10 dias.

Essa é a grande vantagem dos cactos para ambientes domésticos. São plantas super-resistentes a altas temperaturas e não necessitam tanto de água para se manterem vigorosas e produtivas.

Por isso, conseguem ficar longos períodos sem rega.

Para quem precisa ficar longos períodos longe de casa, ou não tem muito tempo para se dedicar diariamente a cuidados com plantas, sem dúvida os cactos são os mais indicados para o perfil devido a essa praticidade proporcionada.

Não estranhe se achar que o crescimento for lento, principalmente se tiver como comparação uma suculenta. Cactos são uma espécie de planta mais lenta mesmo para desenvolver-se.

Portanto, tenha paciência que chegará o dia do enraizamento e o surgir do primeiro rebento da planta.

Há plantas que pertencem a mesma família dos cactos (Cectaceae), também apresentam espinhos em suas estruturas morfológicas, mas não são cactos e o modo de fazer as mudas acaba diferindo.

Exemplos desses tipos de plantas são a flor-de-maio (Schlumbergera truncata), dama-da-noite (Epiphyllum oxipetalum), ripsális (Rhipsalis spp) e flor-de-outubro (Hatiora rosea).

Contudo, apesar de terem espinhos, estes não são aparentes, isto é, ficam reduzidos nos pelos ao longo dos caules, diferente dos espinhos dos cactos que ficam em notória evidência.

Entre cada segmento dessas plantas, há os nós.

Por isso, para fazer mudas dessas plantas repete-se o mesmo procedimento que é feito com as suculentas: Corte um segmento a partir de seus entrenós, de preferência que tenha mais de um, e ponha-o diretamente em contato com a terra.

As plantas que se desenvolvem na água certamente são uma boa alternativa para as pessoas que não contam com um trecho da casa com terra por falta de estrutura adequada ou capacidade de investimento.

Algumas plantas conseguem se desenvolver na água e chegar a produzir rebento. Talvez a mais popular seja a jiboia (Epipremnum e Philodendron), mas há outras também de boa saída como é o casos da costela-de-adão (Monstera deliciosa), filodendros (Philodendron spp) e comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia).

Um ponto importante sobre essas plantas é que apesar das mudas se desenvolverem bem na água, isto não significa que sejam plantas aquáticas. Elas não podem ficar na água a vida inteira, em algum momento elas têm que ser replantadas em solo fértil.

Elas por um bom tempo conseguem resistir à fase de enraizamento e do surgir do rebento, mas tal resistência não dura para sempre e podem vir a se deteriorar rapidamente se não forem transferidas a terra seca e fértil.

Como enraizar plantas na água?

Apresentado as plantas, dados os devidos alertas, mas falta o principal: como enraizar plantas na água?

Enraizar na terra não tem muito segredo, mas na água a situação muda bastante. Estando certificado de que o vegetal a ser cultivado realmente se desenvolve bem estando dentro d’água (outra dica: o enraizamento é mais fácil com plantas de caule macio), faça a rega da que servirá de fornecedora do caule pela manhã ou no final da tarde.

Espere por 1 hora para o caule absorver uma boa reserva de água.

Decorrido esse tempo, corte galhos de 10 a 15 cm (em caso de mudas de hortelã ou manjericão, o tamanho pode ser menor: de 5 a 8 cm).

Deixe separado um recipiente de vidro lavado e com água limpa (esse recipiente pode ser um vaso, jarra ou até um copo).

Coloque os galhos no recipiente e observa até que nível a água chega. Observe se há folhas nos galhos que ficaram totalmente submersas. Retire os galhos e arranque os vegetais encharcados, medida necessária já que em tal condição acabam apodrecendo.

Coloque novamente o galho com as folhas devidamente acomodadas dentro do recipiente.

Agora ponha o vaso, ou o que quer que faça essa função, em um local fresco e privilegiado em termos de luminosidade. No entanto, esse espaço deve ser protegido da incidência direta dos raios solares.

É importante evitar que a água fique turva ou atraia mosquitos. Para impedir tal situação, sempre a troque do recipiente a cada 3 dias.

Tempo de enraizamento

O tempo de enraizamento das plantas que se desenvolvem na água até o despontar do primeiro rebento leva de 7 a 15 dias.

A transferência para o local definitivo

Como informado mais cedo, não é porque essas plantas podem se enraizar debaixo d’água que significam que elas sejam aquáticas.

Elas precisam em algum momento serem transferidas para o local definitivo de plantio, que no caso se trata de terra seca, ainda que úmida, mas principalmente fértil.

Mas qual seria esse momento?

Isso pode variar dependendo da planta, mas geralmente o momento ideal para a transferência da planta da água para o solo é quando o caule estiver com raízes fortes e longas, com rebentos ou na iminência de.

Sair da versão mobile