Agricultura

Abóbora japonesa tem grande importância econômica no Brasil

Abóbora japonesa tem grande importância econômica no Brasil

Destaque por conta do sabor, a abóbora japonesa passou a ser procurada em todo o país

Atendendo uma variedade de pratos, podendo servir bem tanto na entrada de uma refeição quanto em uma sobremesa, a abóbora japonesa se tornou item muito procurado por quem gosta de elaborar novas receitas. Principalmente porque o alimento segue as tendências do momento, podendo ser misturado em composições da carne seca e também em uma infinidade de itens considerados vegetarianos e veganos.

Marcante por contar com um sabor um pouco mais doce, a abóbora japonesa também é conhecida como kabocha e traz uma consistência extremamente macia, sendo uma das opções mais lembradas na mesa dos brasileiros. Com um pico de venda acontecendo no meio do ano, é uma excelente opção para o comércio e também para quem deseja inovar nas refeições.

Abóbora japonesa

O que é abóbora japonesa?

Abóbora japonesa é um legume híbrido que pertence ao grupo das cucurbitáceas, que também envolve o pepino, o melão e a melancia. Entre as próprias espécies de abóbora, ela é considerada uma união da moschata com a moranga.

Vale mencionar que este tipo começou a ser encontrado no Japão durante o século XX e, por lá, o termo kabocha é utilizado para nomear qualquer espécie do legume.

Este item em especial se destaca pela casca, que assume um tom mais esverdeado e escuro. Com muita resistência e rugosidade, este formato faz com que o item seja transportado com mais facilidade em longas distâncias, diminuindo bastante a taxa de descarte por conta de amassados ou rachaduras.

A ausência de brilho na casca aponta que este tipo de abóbora está maduro para o consumo, por isso a opção deve ser por este tipo.

Características e plantio

O ciclo de cultivo da abóbora japonesa gira em torno de 90 a 120 dias. Com um achatamento leve, estes legumes chegam a pesar 2 quilos e trazem uma polpa extremamente macia, sempre em uma coloração alaranjada com tons em amarelo.

São cerca de 15% de sólidos totais neste recheio mais enxuto e espesso. As sementes são muito vendidas no Brasil, o que torna o mercado altamente aquecido.

A melhor época para saber como plantar abóbora japonesa vai depender da região onde o cultivo será realizado. As condições climáticas são cruciais para que a colheita apresente um bom resultado.

A melhor adaptação sempre acontecerá em ambientes que oferecem um clima próximo do tropical, já que as mudas ficarão extremamente sensíveis ao frio prolongado, podendo sofrer alterações de acordo com um volume constante de geadas.

Se a temperatura for mantida abaixo dos 10 °C, dificilmente as sementes conseguirão alcançar o estado de germinação. Inclusive na região sul do Brasil, destacada por ser a mais fria, todo o processo de plantio é realizado entre a primavera e o verão.

Já no nordeste do país, é possível prosseguir com o plantio durante todo o ano, desde que todos os equipamentos de irrigação funcionem da melhor maneira.

Abóbora japonesa

Caso o campo não tenha equipamentos para permanecer irrigado, a indicação é de manter o plantio durante os períodos de chuva, evitando uma seca prolongada. O mesmo acontece na região centro-oeste, onde o tempo costuma ser mais seco.

Em média, considerando o Brasil inteiro, o pico da plantação acontece entre agosto e outubro, com grande evolução também nos meses de fevereiro a maio.

Abóbora japonesa na economia

Por conta da alta produtividade, o Brasil é um dos países que mais se destacam na produção deste elemento. A estimativa é que, por ano, os agricultores conseguem produzir uma média de 200 toneladas por estado.

Também com base em estatísticas, é possível afirmar que a venda de cada caixa de 20 quilos é realizada por cerca de R$ 12,00, valor considerado interessante no setor.

A abóbora japonesa é extremamente bem aceita por todos os produtores, principalmente por conta da facilidade no cultivo e do potencial de produção elevado. É possível tocar o plantio sem nenhum problema com uniformidade, rusticidade e nascimento precoce das plantas.

Ao final de tudo, também facilita muito o processo de conservação oferecido na fase pós-colheita. No final do processo, o lucro acaba compensando pela quantidade de tempo investido pelo agricultor em todas as etapas.

Também há um retorno rápido quando o assunto é o mercado consumidor, e isso se dá pela altíssima qualidade da abóbora japonesa.

Além de apresentar uma série de nutrientes, o elemento é muito fácil de preparar dentro de uma série de receitas, apresentando um sabor marcante em qualquer prato. As pequenas variações entre os legumes também aparecem como vantagem.

Benefícios da abóbora japonesa

Contendo um volume de calorias maior em relação a outros modelos, a kabocha conta com cerca de 39 calorias por cada 100 gramas consumidas. Esse cálculo é feito com base em comparação com a moranga, que oferece 12 calorias no mesmo montante. No entanto, este item também se destaca por ser rico em vitamina A, auxiliando o corpo na saúde da pele e dos olhos.

O alimento também é altamente eficaz no controle de infecções, por exemplo. Ele pode ser facilmente digerido, também atuando como um diurético natural e um laxante suave dependendo das condições de consumo.

Abóbora japonesa

Estes detalhes mostram o quanto este elemento pode ser importante para um bom funcionamento do corpo, auxiliando em diversas atividades do organismo.

É possível aproveitar praticamente toda a estrutura da abóbora para o consumo. As sementes de abóbora, por exemplo, podem servir de aperitivo caso sejam bem preparadas. Estes elementos são muito ricos em ferro, tornando o sistema imunológico e ósseo ainda mais forte.

A polpa, em muitos casos, é aproveitada para a produção de purês. Você também pode planejar a preparação de assados e refogados com o auxílio deste legume.

É possível encontrar uma infinidade de receitas com abóbora japonesa que valorizam a textura e o sabor deste alimento.

Outras opções que podem contar com a participação da abóbora japonesa são a elaboração de bolos, sopas e pães. Este item é muito interessante para a aplicação em receitas doces, pois traz uma quebra interessante ao resultado. As receitas podem ser preparadas com ou sem casca, dependendo do gosto de quem for consumir.

ACESSO RÁPIDO
    Lucas Caixeta Vieira
    Diretor Geral da empresa AGROMATRIZ e Sócio-Proprietário da Fazenda 4L. Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Mestre em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade de São Paulo (USP/ESALQ) e MBA em Gestão de Negócios pela USP.

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