Meio Ambiente

Coníferas têm grande importância ambiental e econômica

Coníferas têm grande importância ambiental e econômica

A maioria as árvores mais antigas do mundo são coníferas. Elas são conhecidas por serem plantas extremamente resistentes e suportarem severas condições de vida, tanto em relação a climas frios como a solos áridos e pobres em nutrientes. Entretanto, atualmente, correm risco de extinção, exigindo medidas como o reflorestamento.

São diversos os tipos de coníferas. Cada uma delas é conhecida por suas características e utilidades específicas. Por isso, assumem uma grande importância, tanto ambiental como econômica. E, apesar de possuírem um pequeno número de espécies espalhadas pelo mundo, as coníferas são dominantes em grandes áreas do nosso planeta, já que suportam condições extremas.

  1. O que são coníferas?
  2. Coníferas ameaçadas de extinção
  3. Como são as coníferas?
  4. Qual a importância das coníferas?
  5. Por que as florestas de coníferas têm este nome
  6. Qual é o tipo de polinização das coníferas?
  7. Principais tipos de coníferas
  8. Araucária
  9. Sequoia
  10. Cedro
  11. Pinheiro
  12. Cipestre italiano
  13. Junipero
  14. Como ocorre a reprodução das coníferas?
  15. Semelhança entre plantas que produzem flores e coníferas
  16. Qual a diferença entre coníferas e folhosas?
  17. Como plantar coníferas?

Coníferas

O que são coníferas?

Plantas pertencentes ao grupo das gimnospermas, as coníferas são aquelas árvores que se desenvolvem em forma de cone. A maioria delas são perenes, ou seja, possuem um longo ciclo de vida. Suas folhas continuam no ramo durante cerca de cinco anos. E, além disso, assumem a forma de agulha e têm uma superfície reduzida, característica que resultou da sua adaptação a um clima seco e frio. Assim, tornaram-se plantas resistentes a temperaturas de até -50ºC.

Sua importância é histórica. Elas são plantas milenares. Tiveram seu auge de desenvolvimento há cerca de cem milhões de anos. E isso não é à toa: são plantas resistentes que foram se adaptando às condições climáticas. Hoje, a árvore mais antiga do mundo é uma conífera de 9,5 mil anos, localizada na montanha Fulufjallet, no noroeste da Suécia. Além disso, uma de suas espécies, as sequoias (Sequoiadendron giganteum), são consideradas as maiores árvores do mundo.

Algumas das espécies de coníferas, como os pinheiros, os abetos e as sabinas, têm um grande potencial para serem utilizadas como madeira. Elas são árvores que fornecem madeira macia e fibras longas. Por isso, são excelentes para essa finalidade. Além disso, exceto os teixos (mais uma de suas espécies), todas elas servem para exploração de resina, substância aplicada na fabricação de pasta de papel e que é produzida pela planta com a finalidade de se proteger da infestação de insetos e fungos.

Existem, ainda, as que são empregadas em reflorestamento. Sem contar que aquelas que acabam sendo utilizadas como árvores ornamentais. E suas utilidades não param por aí: existe uma longa série de possíveis aplicações para as coníferas. Ou seja, é impossível negar sua grande importância econômica.

Coníferas ameaçadas de extinção

No Brasil, a araucária (ou pinheiro-do-paraná, como também é conhecida) é uma conífera que também é símbolo do sul do país. Mas, atualmente, corre risco de ser extinta. Isso vem acontecendo por causa de sua grande devastação devido à extração de madeira. Ela faz parte da nossa mata atlântica, marcando presença na vegetação de áreas frias e de grandes altitudes.

Saiba quais são duas das principais consequências da extinção dessa espécie para meio ambiente e para o ecossistema em que vive:

  1. Muitos animais, principalmente as aves, utilizam essas árvores como casas, tornando a extinção da araucária um impacto direto em suas vidas.
  2. É grande também o número de animais que se alimentam delas (no caso, da sua semente, conhecida como pinhão). Inclusive, alguns deles já entraram também em extinção, como é o caso do papagaio-de-peito-roxo.

Além de importantíssimas para a história do planeta Terra, as coníferas são árvores que impactam diretamente no meio ambiente. Por isso, sua preservação é essencial.

Como são as coníferas?

As coníferas recebem esse nome porque seus ramos e frutos têm formato de cone. As folhas também são bem características, com forma de agulha e tamanho pequeno. Ao contrário de outras espécies, elas se mantêm na cor verde durante todo o ano.

Ainda sobre as folhas, elas são muito resistentes e duram muitos anos antes de cair. O fato de ficarem sempre verdes é importante, uma vez que isso ajuda a receber a energia solar.

Existem entre 550 e 600 espécies diferentes de coníferas em todo o mundo. Elas costumam ficar em florestas próprias. As florestas de coníferas mais comuns são as taigas.

Essa vegetação, por sua vez, está localizada em regiões de clima temperado, que possuem invernos frios e verões quentes.

As coníferas se apresentam tanto no formato de plantas quanto de árvores. Entre as árvores, algumas de suas espécies podem atingir alturas muito grandes. As mais conhecidas são as sequoias, que chegam a mais de 100 metros. Isso sem considerar o tamanho das suas raízes!

Por serem muito resistentes, elas estão entre algumas das mais antigas do mundo. Já foram encontradas árvores desse tipo com milhares de anos. A que é considerada a mais antiga fica na Suécia, e teria 9,5 mil anos de vida.

Apesar disso, como vimos, muitas espécies de coníferas correm risco de extinção. Um estudo divulgado em 2013 mostrou uma redução importante das maiores e mais antigas. São pelo menos 33 das cerca de 600 espécies que diminuíram.

Os dados foram levantados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). Os números apontavam uma redução de 34% dessa vegetação. No estudo anterior, realizado no fim da década de 1990, a redução vista era de 30%.

Coníferas

Qual a importância das coníferas?

As coníferas têm tanto importância ecológica quanto econômica.

Nesse sentido, em especial no hemisfério norte, elas formam grandes florestas em áreas mais frias. Outros tipos de árvores não conseguem sobreviver ao clima intenso do inverno desses locais. As coníferas, contudo, sobrevivem devido ao seu caule e folhas mais resistentes. Assim, elas são capazes de viver por muito tempo.

Nas florestas de clima mais frio, essas árvores também são importantes por ajudarem no controle do carbono.

Do ponto de vista econômico, elas oferecem madeira de muito boa qualidade. Entre os exemplos, temos as sequoias e os pinheiros.

A resina retirada de algumas espécies também serve para fabricar pasta de papel ou outros materiais.

No Canadá, por exemplo, um país com forte presença de florestas de coníferas, as árvores dessa espécie são muito utilizadas para a fabricação de papel. Trata-se de um setor econômico relevante no país.

Cerca de 10% das exportações do Canadá são de papel. Além disso, estima-se que metade do papel jornal utilizado no mundo venha de lá.

A importância econômica é uma das razões que explicam porque, cada vez mais, os pinheiros têm sido usados para reflorestamento. São árvores que crescem rápido e de farto uso pela indústria.

Muitas espécies de coníferas também são utilizadas pelo visual. Jardins e parques utilizam algumas das plantas, as de menor porte, em função da sua beleza. O fato de viverem por muitos anos também serve para atrair o interesse.

Por que as florestas de coníferas têm este nome?

Conforme dito, o nome tem origem no fato de suas plantas e árvores apresentarem folhas e ramos em forma de cone.

As florestas de coníferas são encontradas principalmente na parte norte do planeta, em países como Suécia, Finlândia e partes do Canadá e Noruega. Há, também, grandes florestas de coníferas no Alasca e na Sibéria, além do sul da Groenlândia e parte do Japão.

Uma característica dessas florestas é que elas apresentam pouca vegetação ao redor de suas plantas. Entre os motivos está o fato de que boa parte do ano, sobretudo nos meses mais frios, o solo fica coberto por neve.

Muitas das espécies, ao mesmo tempo, acabam produzindo copas que impedem a chegada da luz solar até o solo.

Ademais, as coníferas resistem às baixas temperaturas em função de suas características de folhas e caules mais fortes.

Qual é o tipo de polinização das coníferas?

A polinização ocorre através do vento. Isso acontece quando os grãos de pólen são liberados dos cones masculinos e são levados aos femininos.

Nas coníferas, apenas em casos muito raros ela ocorre pela ação de insetos ou pássaros.

Coníferas

Principais tipos de coníferas

  • Araucária

Esta árvore é bastante conhecida na região sul do Brasil, em especial no Paraná e no Rio Grande do Sul. Pode ser encontrada em outros países do sul do continente, como Chile, Argentina e Uruguai. Também é vista na Austrália.

Ela tem crescimento lento e pode atingir até 70 metros de altura. Seu porte tem formato de coluna.

O tronco é muito resistente, e a copa é formada por ramos que crescem na horizontal. A madeira dura faz com que ela tenha muito valor de mercado. Foi bastante utilizada no passado para fabricar navios de grande porte e para a construção de casas.

Sua exploração para fins econômicos, no entanto, fez com que sumisse aos poucos do mapa. Hoje, é considerada uma espécie com risco de ser extinta.

  • Sequoia

São as maiores árvores do mundo, definidas inclusive como gigantes. Em média, possuem mais de 85 metros de altura, sendo que a maior que se tem notícia possui mais de 115 metros. Ela está localizada na Califórnia.

Mais do que a altura, outra característica dessa árvore, claro, está no diâmetro de seu caule. Ele varia de 8 a 12 metros.

Além do tamanho, elas são conhecidas por estarem entre as mais velhas do mundo. Vivem pelo menos três mil anos, e como dito, a mais antiga possui cerca de 9,5 mil anos.

Essa característica coloca essas árvores como os seres vivos mais antigos do planeta.  Além disso, serviu para que ela ficasse conhecida como “fóssil vivo”.

A madeira dela é rica em fibras. Para se ter ideia, a casca dessas árvores pode ter até 60 cm de espessura na base de seus troncos.

  • Cedro

Tem origem em regiões de montanha e trata-se de uma árvore de grande porte. Ele pode atingir até 40 metros de altura. O tronco, por sua vez, chega a medir até três metros de diâmetro.

Devido ao seu porte, o cedro forma raízes profundas. Já no primeiro ano de plantio, a raiz pode atingir 1,5 metro. Em contrapartida, no mesmo período a árvore cresce apenas cinco centímetros sobre o solo. Ademais, trata-se de uma árvore bastante resistente, que suporta ventos e chuvas fortes.

Há quatro espécies de “cedros verdadeiros”. São eles: o africano, o do chipre, o do líbano e o do himalaia. Os nomes, como você pode perceber, dizem respeito às suas origens. Atualmente, contudo, espécies desse tipo podem ser encontradas em diversas parte do mundo.

Além de serem usados em parques e grandes jardins, a madeira também é muito aproveitada. Leves e em tom vermelho, elas duram bastante e são utilizadas tanto na construção civil quanto para fabricar móveis.

  • Pinheiro

Existem várias espécies, sendo que os mais comuns encontrados no Brasil têm origem nos Estados Unidos e Canadá. Eles se adaptaram bem nas regiões sul e sudeste do país.

Essas árvores são muito utilizadas devido às suas vantagens econômicas. Trata-se de um ótimo produtor de resina, que abastece as mais diversas indústrias. Com efeito, a própria utilização como madeira também é muito comum.

Em relação a outras árvores já citadas, contudo, o pinheiro apresenta madeira mais leve. Por isso, é indicado para usos mais simples, como rodapés ou interior de móveis. É utilizado ainda para fabricar cabos de vassouras ou pinceis.

Na construção civil, seu uso costuma ser para apoio.

Coníferas

  • Cipestre italiano

Trata-se de uma árvore de porte médio, que pode atingir 35 metros de altura. Apesar disso, possui copa estreita.

Ela costuma medir entre 1,5 e 3 metros de largura. No Brasil, entretanto, essa espécie costuma ser menor. Ela atinge em média 15 metros de altura. É mais comum nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As características dessa árvore a tornam uma boa escolha para jardins. Plantados lado a lado um do outro, funciona como cerca viva.

Por ter um porte fino e elegante, foi muito utilizado no passado em jardins de palácios na Europa. Ele se adapta bem a diversos tipos de solo. É possível plantar desde em terras de argila quanto em áreas com areia. Nesse caso, contudo, é preciso prestar bastante atenção com a drenagem.

  • Junipero

Bastante indicado para jardins menores. Trata-se de uma boa opção para canteiros ou para cobrir de verde áreas com rochas.

Isso acontece porque são plantas que se espalham pela horizontal, além de possuírem crescimento lento. Por serem muito resistentes – como, aliás, são as coníferas em geral –, podem ser plantados nos mais diversos ambientes.

Não exige poda. Além disso, não costuma receber a ação de pragas.

Como ocorre a reprodução das coníferas?

Antes de mais nada, é preciso explicar que os órgãos reprodutores das plantas estão localizados no interior das flores. As flores nas coníferas, contudo, não são como nós imaginamos. Elas se resumem apenas aos órgãos reprodutores.

Essas flores ficam nos cones ou pinhas. Quando elas ficam maduras se abrem e, assim, as sementes são liberadas.

De modo geral, as coníferas possuem as pinhas dos dois sexos. Por isso, esse tipo de vegetação é chamada de monóica.

Algumas espécies de coníferas, contudo, possuem apenas os cones de um deles. Os masculinos são menores do que os femininos.

Como já dissemos, a polinização é feita através da ação do vento. É muito raro o pólen encontrar o óvulo pela ação de pássaros ou insetos.

Coníferas

Semelhança entre as plantas que produzem flores e coníferas?

De modo geral, plantas que produzem flores e coníferas apresentam estrutura parecida. Os dois tipos possuem raízes, troncos, caules e folhas. Assim, o que varia são suas formas, resistência e modelo de reprodução.

Qual a diferença entre coníferas e folhosas?

As coníferas se apresentam como espécies com folhas em formato de agulha. Suas sementes têm forma de cone. Essas sementes, por sua vez, ficam expostas, sem nenhum fruto ou casca para protegê-las.

As folhosas, por outro lado, são plantas e árvores que têm folhas largas. Ademais, seus frutos e sementes são envolvidos por uma casca.

As coníferas são consideradas plantas de estrutura mais simples. Pelo fato de produzirem sementes e frutos, as folhosas, em contrapartida, são vistas como mais evoluídas.

Como plantar coníferas?

Antes de mais nada, é preciso ficar atento ao melhor período do ano para se fazer o plantio. Isso, aliás, dever ser um cuidado para todos os tipos de plantas e árvores.

Como vimos, as florestas de coníferas são naturais de regiões de clima temperado. Esses lugares apresentam invernos mais frios e verões bastante quentes.

No Brasil, um país tropical, esse tipo de clima é visto sobretudo em estados da região Sul, como Paraná e Rio Grande do Sul. São nesses dois estados, aliás, que encontramos as araucárias em maior número.

Assim sendo, o plantio deve acontecer nos meses de outono ou de primavera. Deve-se fugir dos períodos mais quentes ou mais frios do ano. O ideal é que as plantas ou árvores já apresentem boas raízes no inverno ou verão.

Além disso, a melhor maneira de plantar coníferas é a partir de mudas.

É bastante indicado que o solo que irá receber as plantas tenha boa drenagem. O sistema, contudo, pode ser simples. As coníferas de pequeno porte podem ser plantadas em um solo com uma camada de areia e pedras, por exemplo.

A camada de terra, ao mesmo tempo, não precisa ser de boa qualidade. Não há necessidade que seja bem servida de nutrientes, já que se adapta a solos pobres. Se optar por adubo, escolha um de liberação lenta.

Além disso, é preciso que o solo seja permeável. Em geral, se as plantas das coníferas ficarem muito em contato com a umidade, as raízes podem sofrer.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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