Meio Ambiente

Hifas são estruturas que permitem o desenvolvimento dos fungos

Hifas são estruturas que permitem o desenvolvimento dos fungos

A função das hifas é garantir a alimentação, crescimento e reprodução dos fungos através de seus filamentos. As hifas são formações celulares muito parecidas com as raízes das plantas, assim, elas permitem o crescimento do seres que compõem o reino fungi. Estas estruturas, então, são classificadas de acordo com a sua formação e coloração.

Uma das funções mais importantes das hifas é a liberação das enzimas, que vão permitir a nutrição do fungo. Sem elas, portanto, o fungo não conseguiria se alimentar. Outro ponto importante sobre estas estruturas é a sua capacidade de adaptação ao meio, o que facilita o desenvolvimento dos indivíduos.

  1. O que são hifas?
  2. Coo diferenciar uma célula verdadeira de uma falsa?
  3. Quais são os tipos de hifas?
  4. Para que servem os filamentos das hifas?
  5. Diferença entre hifa e micélio
  6. O que são fungos?
  7. Importância dos fungos e hifas
  8. Hifas, fungos e cogumelos
  9. Consumo de cogumelos no Brasil
  10. Hifas hialinas nas unhas
  11. Como diagnosticar hifas nas unhas?
  12. O que são hifas septadas?
  13. Quais são os tipos de micose?

Hifas

O que são hifas?

Hifas são as estruturas que compõem as células de um fungo. Ou seja, são os filamentos que constroem uma trama, representando assim o corpo do fungo.

O seu tamanho é bastante variado, por ser uma estrutura microscópica, impossível de ser vista a olho nu, ou assumir formas maiores frequentemente vistas na natureza.

Geralmente estas células possuem formato cilíndrico, contudo, a formação de seu núcleo é variada, de acordo com os tipos de hifas.

Como diferenciar uma célula verdadeira de uma falsa?

Entre as estruturas celulares existentes, as pseudo-hifas podem causar uma certa confusão. Estas estruturas, portanto, são adaptações de alguns fungos, também chamadas de leveduras.

Geralmente estas leveduras são alongadas e unidas entre si. Elas podem crescer bastante, dependendo da necessidade de distensão do fungo. Além disso, elas também possuem a capacidade de se adaptar ao meio onde o fungo está se desenvolvendo.

A diferença entre elas, portanto, pode ser percebida pelo formato do crescimento, através do tubo germinativo. Na célula verdadeira, não existe uma divisão entre a base e o filamento. Já na pseudo, possui uma constrição, ou uma compressão, entre a célula base e o filamento.

Quais são os tipos de hifas?

As hifas de fungos se desenvolvem de diferentes maneiras. Vamos conhecer, então, um pouco mais sobre estas estruturas celulares:

  • Hifas cenocíticas: são as estruturas que não possuem uma divisão em seu filamento. Também podem ser chamadas de hifas asseptadas.
  • Hifas septadas: este tipo é dividida por septos, ou seja, pequenas paredes transversais que atravessam a estrutura. Neste caso, então, a circulação do citoplasma ocorre através do fluxo entre os poros dos filamentos.
  • Hifas hialinas: as estruturas também podem ser classificadas de acordo com a sua cor. Portanto, este tipo possui cor clara, quase transparente.
  • Hifas demácias: ao contrário da anterior, este tipo apresenta coloração escura.

Para que servem os filamentos das hifas?

Estas estruturas são, então, muito semelhantes às raízes das plantas. Sendo assim, elas possuem a função de fixar o substrato, além de reprodução do indivíduo e digestão de forma celular.

Na práticas, estes filamentos liberam enzimas para que o fungo consiga fazer a absorção dos nutrientes necessários para seu metabolismo.

Já em relação ao sistema reprodutor do fungo, a estrutura é responsável por produzir brotos, além de se ramificar.

Nas espécies que fazem a reprodução sexuada, as hifas realizam a plasmogamia. Esta ação nada mais é do que a conjugação de duas células, produzindo um zigoto. Através de meiose, portanto, este zigoto se transforma em esporo, permitindo assim a sua reprodução.

Hifas

Diferença entre hifa e micélio

Micélio é um termo, sem dúvida, recorrente aos que se interessam em estudar a formação e ação de hifas. É inevitável encontrar um dos termos ao se pesquisar a respeito. E certamente é comum a confusão de seus conceitos, pois abordam questões semelhantes.

O micélio se trata de um conjunto de hifas. É o nome que se dá a um conjunto de hifas emaranhadas de um fungo. Assim, micélio se trata de um coletivo de hifas e hifas são estruturas que compõem a célula de um fungo.

Portanto, eis a diferença.

Há outras informações interessantes a respeito dessa estrutura. Tanto o micélio com as hifas podem crescer mais de 1 mm por hora.

O micélio cresce no solo e em muitos outros substratos. Ele é encontrado tanto em forma muito pequena como em tamanho muito grande.

O que são fungos?

As hifas estão diretamente relacionadas aos fungos. Mas, afinal, do que se trata esse organismo? O que é fungo? O que faz? Qual a sua importância?

Começando pelo básico: o que são fungos?

Fungos se tratam de seres macroscópicos ou microscópicos. Podem ser unicelulares ou pluricelulares. Outra forma que costuma ser encontrado é na condição de eucariota, ou seja, com um núcleo celular.

Na Biologia, os fungos pertencem ao Reino Fungi. Vivem em quase todos os ambientes terrestres e, sem dúvida, apresentam grande variedade de formas e tamanhos.

O organismo conhecido como fungo é classificado como heterótrofo. Isso significa que não produz o próprio alimento, pois depende da ingestão de matéria orgânica viva ou morta.

A ingestão de matéria orgânica diz muito da função dos fungos na natureza.

Os fungos que se alimentam de matéria orgânica morta, por exemplo, cumprem papel importante para a decomposição de animais e vegetais. Ou seja, os fungos “desmancham” plantas mortas e animais.

Ao realizarem essa ação, certamente contribuem para que a matéria orgânica retorne à natureza. Assim, tal retorno propicia a continuidade do ciclo da vida.

No entanto, os fungos geram riscos ao homem com essa função de decomposição de seres. O estrago que promovem não se restringe apenas a carcaças sem serventia. Isto porque podem estragar alimentos, roupas e até móveis.

Contudo, os fungos não apenas consomem ou deterioram seres e coisas. Eles podem ser comestíveis. É comum utilizar fungos para a produção de alimentos. Sem dúvida, um grande exemplo é o cogumelo.

Pão é outro exemplo, assim como bebidas alcoólicas como vinho e cerveja e alguns tipos de queijo.

É possível utilizar fungos também na produção de medicamentos, pois são capazes de matar bactérias.

Importância dos fungos e hifas

Atuando como agentes decompositores, na produção de alimentos ou em remédios, os fungos são realmente importantes, assim como as hifas. Afinal, sem elas, os vegetais não conseguiriam executar suas principais atividades, importantíssimas para a condução do ciclo da vida comandado pela natureza.

A importância das hifas e dos fungos se faz sentir também no agronegócio. Eles contribuem para movimentar um mercado de bilhões de dólares anualmente. O consumo de cogumelos é o principal produto desse mercado.

Hifas

Hifas, fungos e cogumelos

As hifas formam o micélio que, por sua vez, é fundamental para a constituição do fungo. Os cogumelos nada mais são do que a frutificação dos fungos. Eles podem ser reproduzir de forma assexuada ou sexuada.

Como dito anteriormente, os cogumelos representam o principal produto do mercado de fungos. Aliás, mercado que fatura mais de 35 bilhões de dólares no mundo, por ano.

A expectativa é de que o negócio cresça 9% até 2021. Contudo, é necessário uma ressalva. Essa projeção foi feita antes da eclosão da pandemia do novo coronavírus.

Apesar do mercado de alimentos certamente não ter sido tão afetado de maneira geral no mundo, principalmente no Brasil, é preciso ter cautela com esses números.

Os efeitos da crise sanitária em todos os setores produtivos da economia só poderão ser melhor sentidos com a chegada de 2021, ocasião que um ciclo inteiro terá se completado.

A China é líder na produção mundial de cogumelos. O dragão chinês é acompanhado da Itália, EUA e Holanda.

Ademais, a China lidera também o consumo per capita do fungo. Anualmente, cada chinês consome 8 quilos, número completamente díspar em relação, por exemplo, ao do Brasil. Em média, o brasileira come 1 quilo e meio de cogumelo ao ano. Veja mais detalhes a seguir.

Consumo de cogumelos no Brasil

Cogumelo é um alimento não tão popular no Brasil. Apesar, no entanto, do brasileiro ter conhecimento sobre suas qualidades nutricionais.

O consumo per capita do brasileiro em relação aos cogumelos é de apenas 160 gramas anuais. Sem dúvida, o principal entrave verificado é o custo, considerado elevado. Duzentas gramas de cogumelo não saem por menos de 15 reais.

Considerando que a demanda é muito maior que a oferta, o Brasil precisa importar para abastecer o mercado interno. O real foi a moeda que mais desvalorizou no período de pandemia e o dólar subiu.

Certamente, não é um cenário favorável para as importações. Sem dúvida, é uma barreira para a expansão do consumo.

Entretanto, a expectativa é de crescimento tanto na produção como no consumo de cogumelos.

A Associação Nacional dos Produtos de Cogumelos (ANPC), por exemplo, planeja uma série de ações nos próximos anos para reverter esse quadro.

No plano de ação, estão inclusos maiores investimentos em tecnologia e o incentivo do consumo in natura do produto.

A produção in natura, aliás, foi a alternativa encontrada pelos produtores brasileiros, pois não há condições de se competir com o líder mundial do segmento, a China. No país, se privilegia cogumelos Shimeji e Shiitake.

O Brasil é o único país onde o consumo de cogumelo cozido é maior que cogumelo fresco. Entretanto, o consumo de cogumelos in natura tem boa aceitação.

O aumento do consumo de cogumelos no país se deve ao crescimento dos restaurantes japoneses no período entre 2005 e 2010.

O interesse despertado pela cozinha oriental por parte dos brasileiros ajudou a popularizar mais o consumo do fungo pelo país, principalmente nas zonas mais populosas.

Outro fator que certamente contribuiu para o aumento do consumo foi a expansão de programas culinários na TV.

Hifas

Hifas hialinas nas unhas

Hifas nas unhas? Já ouviu falar desse diagnóstico?

Hifas nas unhas é uma ocorrência mais comum do que se imagina. Esse transtorno causa espessamento, descoloração e distrofia na unha.

Mas, do que se tratam hifas na unha? São fungos nessa pequena espessura do corpo. Eles provocam micose.

Micoses nas unhas podem ser causadas por vários tipos de fungos, como os dermatófitos, não-dermatófitos e até pseudo hifas, como as leveduras.

Fungos existem em praticamente todos os lugares, todos os seres vivos e certamente muitas pessoas convivem com esses organismos nos corpos de forma harmoniosa.

Contudo, alguns casos provocam uma superpopulação de fungos no organismo, que desencadeia infecções.

Os problemas manifestados podem passar despercebidos, pois alguns são muito superficiais. Porém, outros, são bem notáveis.

Sem dúvida, o último caso é mais fácil de diagnosticar, no entanto, mesmo quando visíveis, podem levantar dúvidas sobre a sua natureza.

Por isso, a melhor forma de identificar hifas hialinas na unha – um fungo, não importa a parte do corpo – é por meio de exame laboratorial.

Sobre o exame, falaremos mais a respeito logo a seguir.

Entretanto, certamente será de utilidade aos que foram diagnosticados com hifas na unha saber como tratar desse problema.

O tratamento de hifas na unha, ou micoses na unha, é feito com antifúngicos e antimicóticos. Aliás, o tratamento costuma não ser demorado. Importante: não deve ser abandonado até o momento de cura.

O profissional mais qualificado para diagnosticar e tratar micoses na unha é o dermatologista.

Como diagnosticar hifas nas unhas?

O diagnóstico de hifas, estruturas fúngicas, ocorre via exames laboratoriais, principalmente exames microscópicos.

Tais exames têm a finalidade de detectar fungos presentes em material recolhido de pacientes com suspeita de infecção fúngica.

Contudo, cautela nunca é demais para esse tipo de exame. Nem todo fungo encontrado tem significado clínico.

Como dito anteriormente, muitos fungos convivem harmoniosamente no nosso corpo. Encontrar um, portanto, não significa necessariamente um problema.

Por isso, o diagnóstico deve levar em conta o tipo de material e o local da lesão.

O exame microscópico não é feito apenas usando lentes. Algumas substâncias são aplicadas no material recolhido para facilitar a identificação das hifas problemáticas. Elas são aplicadas de acordo com os tipos de amostras recolhidas.

  • Diagnóstico de hifas com microscopia e hidróxido de potássio

Exame que une o microscópio mais a aplicação de hidróxido de potássio (KOH) a 20%.

Funciona assim: aplica-se uma gota de KOH aquoso de 20% em uma lâmina de microscopia. É colocada, em seguida, a amostra a ser examinada. A amostra com o KOH é coberta com uma lamínula e aquecida brevemente.

Sem dúvida, é importante evitar ferver a mistura.

O exame é feito após 20 minutos do aquecimento. Os tipos de amostras para esse exame devem ser: pele, unha, pelo, exsudatos espessos e outros materiais densos.

  • Diagnóstico de hifas com microscopia e tinta da China

Um processo parecido ao do anterior, contudo, muda-se a substância. Coloca-se uma gota de tinta da China (nanquim) e uma gota da amostra recolhida, centrifugada sobre uma lâmina.

A preparação é coberta com uma lamínula, porém não é aquecida. É observada direto pelo microscópio.

Os tipos de amostras compatíveis com esse exame: urina, secreções, líquor, leveduras capsuladas e exsudatos.

Sendo assim, esse método não é utilizado para diagnosticar fungos nas unhas.

Hifas

O que são hifas septadas?

Alguns tipos de micoses apresentam hifas septadas.

A pitiríase versicolor, também chamada de “pano branco” ou “micose de praia”, é uma das mais conhecidas. Ela ocorre na pele. Provoca manchas escuras, descamativas ou sem cor. As manchas costumam se apresentar na face, pescoço e tórax.

Outra micose conhecida por ter hifas septadas é a tinea nigra. Ocorre na pele na forma de manchas amarronzadas nas plantas dos pés e nas palmas das mãos.

As interdigitais são outro tipo de micose com tal característica. Ela atinge a região entre os dedos dos pés, causando a famosa frieira.

As micoses com hifas septadas recebem tratamentos, muitas vezes, demorado. Independente do tempo, certamente o mais recomendável é seguir até o final.

O tratamento baseia-se no uso de antifúngicos em locais específicos, por meio de medicação oral ou venosa. Usam-se medicamentos, em alguns casos, à base de iodeto de potássio e sulfas. A medicação pelo método venal tem que ser aplicada em hospitais.

Quais são os tipos de micose?

As infecções fúngicas surgem em diversas partes do corpo. Há vários tipos de micoses, provocando impactos diferentes a depender da quantidade e da região.

Algumas são mais frequentes que outras, porém a frequência não diz muito sobre as ameaças que podem causar.

Falando sobre as micoses superficiais, enquadram-se no grupo a pitiríase versicolor, piedra branca, piedra preta e tinea negra.

As micoses cronomicose, esporotricose, lobomicose e rinosporidiose fazem parte do grupo chamado subcutâneas.

Há ainda outros dois grupos de micoses: sistêmicas e micetomas.

A mais corriqueira é a micose cutânea, também chamada de tineas. As micoses cutâneas recebem classificação de acordo do local que surgem.

Por exemplo, a micose que afeta o couro cabeludo é classificada como tinea capitis. Ela se apresenta como uma “clareira”. Ou seja, uma área do couro cabeludo que apresenta queda.

Tinea barbae é a micose que ataca a região da barba. Normalmente surge na forma de lesões avermelhadas ao redor dos folículos pilosos. Muitas vezes, associada à pequenas bolhas de pus.

Há também uma micose que afeta a pele sem pelo ou sem grande densidade de pelos. Certamente recebe uma denominação própria como as demais. No caso, chama-se tinea corporis. As lesões que provoca se assemelham a manchas avermelhadas.

A micose das mãos e dos pés é a tinea manum/pedis. Ela se apresenta como lesões bolhosas interdigitais.

Também temos a micose das virilhas. Ela se caracteriza por provocar lesões vermelhas e pruriginosas na região. Atende por tinea cruris.

A micose das unhas, já tratadas neste artigo, é a tinea unguium, também chamada de onimicose.

A essa altura, deve estar claro que o transtorno é consequência dos fungos. Fungos formados por hifas, cuja aglomeração forma o micélio, uma estrutura vegetal essencial para o desenvolvimento dos fungos. Portanto, fique sempre atento aos sinais que o corpo mostra.

ACESSO RÁPIDO
    Joana Gall
    Joana Gall é técnica em agropecuária pelo Instituto Federal Catarinense e atua na pesquisa sobre as mulheres rurais de Camboriú, em Santa Catarina.

    Leia também