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Pecuária

Truta é espécie de peixe faz sucesso na culinária ao redor do mundo

A truta é um tipo de peixe que gosta de águas correntes, frias e livres de poluição. O peixe truta é bastante conhecido mundialmente. Geralmente ele vive em água doce, porém, algumas espécies têm a capacidade de sobreviver também nos oceanos.

A truta pode chegar a 60 centímetros de comprimento e é muito utilizada em pratos da gastronomia. Contudo, devido à poluição e interferência do homem, o peixe corre riscos de sobrevivência e procriação.

  1. O que é truta?
  2. As diferentes espécies de truta
  3. Criação de trutas no Brasil
  4. Curiosidades sobre a truta
  5. Benefícios do consumo de peixes
  6. Truta é bom para dietas?
  7. Nutrientes da truta
  8. Mercado de truta no Brasil
  9. Mercado de peixes no Brasil
  10. Importação de trutas


O que é truta?

Truta é um tipo de peixe de água salgada, comprido e com o corpo alongado. O peixe pode pesar até dois quilos e possui escamas esverdeadas, assim como da cor castanha. A espécie, que é parente do salmão, pode ser bastante exigente no que se refere a habitat natural.

Assim, a truta sobrevive somente em águas limpas, oxigenadas e puras. Portanto, o peixe não lida bem com a poluição. Um dos fatores prejudiciais à reprodução da espécie, então, é a interferência do homem na natureza. Os períodos de seca e as represas também prejudicam o seu desenvolvimento, pois afetam a corrente normal dos rios.

As diferentes espécies de truta

Em seu habitat natural, o peixe é encontrado em algumas espécies diferentes. Assim, os principais tipos de peixe truta já conhecidos, são:

Criação de trutas no Brasil

A criação em território nacional teve início na década de 49, principalmente no Sul e Sudeste. Depois que os primeiros ovos chegaram da Dinamarca, os peixes se adaptaram bem às correntes frias dos rios.

As principais regiões onde se montaram as truticulturas, então, foram entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, também abriu campo para o mercado em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para a criação de trutas, portanto, são importantes algumas características como a água abundante e de boa qualidade. A temperatura ideal deve ser abaixo de 15 graus, para que os peixes de desenvolvam. Além disso, ser água pura, livre de nitratos ou outros poluentes.

Curiosidades sobre a truta

A espécie é carnívora e, assim, livre na natureza se alimenta de outros pequenos peixes ou insetos. Outra curiosidade sobre o peixe é que ela desova no outono e inverno. Sendo assim, neste período ela se desloca para águas mais geladas e límpidas, com fortes correntes.

A fêmea escava um ninho no fundo do rio, geralmente onde possui algum tipo de cascalho. Assim, quando o ninho está pronto a truta libera os ovos, que são fecundados pelo macho.

Benefícios do consumo de peixes

Não existe peixe que faz mal à saúde, a não ser que esteja contaminado.

Pode haver peixe que ofereça riscos por causa de suas espinhas, mas não quanto às suas propriedades. A carne de peixe, sem dúvida, tem nutrientes valiosíssimos para o organismo humano, por isso o consumo deve ser incentivado e mantido regularmente.

Uma dica em relação aos peixes é sobre a gordura.

A lei quanto à maioria dos alimentos é: quanto mais gorduroso, menos saudável.

Entretanto, no caso dos peixes, é o inverso: quanto mais gordurosos, mais saudáveis.

Os peixes considerados mais saudáveis são: truta, cavala, sardinha e salmão. Todos têm algo em comum: ômega-3.

Vejamos, em seguida, alguns benefícios do consumo de peixes como a truta.

Estudos constataram a relação de consumo de peixes com a redução de riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e derrames. O principal fator avaliado para provocar a redução dos riscos desses problemas é o ômega-3.

Claro que apenas comer peixes não será o suficiente para evitar esses transtornos. O consumo atua como um complemento, uma linha auxiliar de hábitos saudáveis para se prevenir de tais males.

Hábitos como exercícios físicos, alimentação balanceada e diminuição do estresse são indispensáveis.

Novamente, o ômega-3. Caso você não saiba, o ômega-3 ajuda no desenvolvimento cerebral e dos olhos.

Estudos comprovam que o ácido é um poderoso anti-inflamatório, principalmente para reduzir inflamação nas articulações. O ômega-3 diminui, dessa forma, o risco de artrite.

Outro benefício do consumo de alimentos ricos em ômega-3, caso dos peixes como a truta, é evitar o envelhecimento precoce da pele e prevenir rugas.

Isso ocorre por combater os chamados radicais livres. Radicais livres se tratam de células mal formadas que, ao tentarem desempenhar as funções de células normais, acabam atrapalhando as mesmas.

A ação certamente ocasiona distúrbios que resultam na aceleração do envelhecimento da pele e até no desenvolvimento de cânceres.

Além disso, o ômega-3 mantém a flexibilidade e elasticidade da pele. O nutriente atua também como uma espécie de protetor solar, pois protege a pele dos raios UV.

A saúde ocular é beneficiada não só por auxiliar no desenvolvimento, mas também por ajudar a evitar a síndrome do olho seco.

O consumo de ômega-3 ainda previne doenças como mal de Alzheimer, distúrbios de déficit de atenção, diabetes, hiperatividade e depressão.

Memória, agilidade de raciocínio e humor são áreas que podem ser beneficiadas.

Ademais, o consumo de ômega-3 é indicado principalmente para grávidas, pois ajuda no desenvolvimento saudável do bebê.

Contudo, recomenda-se evitar o consumo de peixes crus. O alimento cru acumula micro-organismos que podem prejudicar o desenvolvimento do feto.

Além da truta, outros alimentos que contêm ômega-3 e que você deve incluir na sua dieta são: sardinha, atum, ovos, linhaça, frutas e oleaginosas.

Citamos, no tópico anterior, que a alimentação baseada em peixes auxilia para lidar com os males da depressão (devido à presença do ômega-3).

A constatação foi confirmada em pesquisas que fizeram a relação de consumo de peixes ricos em ômega-3 com efeitos antidepressivos. Ó ácido é usado, inclusive, para a composição de medicamentos antidepressivos.

O consumo do nutriente não garante que o indivíduo vá se livrar da doença. Entretanto, cuida de aumentar as chances de crescimento como uma pessoa mais estável, feliz, produtiva.

Outros estudos também apontaram a ingestão de ômega-3 como um nutriente benéfico para tratamento de outras doenças mentais, como a bipolaridade.

Uma verdadeira fonte de vitamina D é o peixe truta. A vitamina D é um nutriente essencial para o desenvolvimento do corpo humano, porque ela fortalece a saúde dos ossos.

Ela contribuiu também para fortalecer o sistema imunológico. O sistema imunológico é uma barreira natural de proteção de nosso corpo ante os efeitos de agentes externos nocivos, como vírus e bactérias.

Sistema imunológico forte, sem dúvida, evita gripes constantes.

A vitamina D colabora para proteger o sistema cardiovascular de problemas que afetam o seu melhor desempenho. Previne, por exemplo, enfartes fulminantes.

Diabéticos se beneficiam, pois a vitamina D ajuda a regular a produção de insulina, fundamental para manter estáveis os níveis de glicose no sangue.

Óleos de peixe costumam ser ricos em vitamina D. Um grande exemplo é o óleo de bacalhau.

Ou seja, se tomar banhos de sol não for a sua atividade preferida, uma solução para seu organismo absorver vitamina D é investir no consumo de peixes.

Sistema imunológico atacando os tecidos do próprio corpo por acreditar que lida com um agente infeccioso. Essa é a condição para um quadro de doença autoimune ser diagnosticada.

A doença autoimune representa uma “pane” do sistema imunológico. Ele passa a encarar como doença o que não devia e acaba fazendo mal ao próprio corpo que defende.

É uma das piores doenças para lidar, pois em muitos casos não há cura. Exemplos são esclerose múltipla e artrite reumatoide.

Na diabetes tipo 1, o sistema de defesa do corpo ataca as células que produzem insulina no pâncreas.

Pesquisas científicas fizeram relação de causa e efeito entre consumo de alimentos ricos em ômega-3 e risco menor de desenvolvimento da diabetes do tipo 1.

Há algumas teorias que creditam ao consumo desse importante nutriente ações benéficas para tratar e evitar outros tipos de doenças autoimunes. No entanto, ainda não há evidências científicas concretas que comprovem essas especulações.

A asma é uma inflamação nas vias respiratórias que tem como consequência dificultar a respiração de quem aflige. Condição certamente muito perigosa que pode levar pessoas a óbito.

A asma é uma doença comum em crianças. Nos últimos anos, os casos de asma infantil têm crescido preocupantemente.

Felizmente alimentos como truta ajudam a lidar com esse problema sério que interfere na vida dos pequenos. Pessoas com asma que consomem com mais frequência peixes costumam ter crises 24% menos intensas.

Detalhe que esse abrandamento das crises de asma não foi identificado em adultos.

Muitas pessoas apresentam dificuldade para dormir. A causa está relacionada, em boa parte dos casos, a transtornos do sono.

Contudo, pesquisas têm observado que a ingestão de vitamina D auxilia para regular o sono, além de melhorar a qualidade do descanso.

Homens de meia idade são os principais beneficiados de dietas baseadas no consumo de peixes como truta. Sem dúvida, ótima notícia para essa faixa etária da população mundial, pois normalmente é a que mais sofre com problemas para dormir.

No entanto, a alimentação baseada em peixes não contribui para melhorar o sono apenas das pessoas que sofrem transtornos dessa ordem.

Pessoas que apenas sentem dificuldade para dormir, mas que não apresentam diagnóstico de um problema tão grave, também se beneficiam dos nutrientes dos peixes que agem para melhorar a qualidade do sono.

Consumir produtos do mar ou mesmo do campo traz o risco de se ingerir algo contaminado. Contaminação provocada por uso exagerado de agentes químicos, pragas, má manipulação, contato com substâncias tóxicas, etc.

No entanto, esse risco é quase zero com trutas. E por quê? Porque o peixe vive em ambientes muito limpos. Ele simplesmente não consegue se desenvolver em ambientes poluídos.

Truta é bom para dietas?

É comum encontrar truta como elemento principal ou coadjuvante em pratos requintados. Geralmente é servida junto a molhos finos, ervas, oleaginosas como amêndoas, além de outros acompanhamentos.

Pratos refinados recebem truta porque o peixe é considerado um alimento leve e muito saboroso. Ele apresenta baixo teor de calorias. O baixo teor de calorias faz do peixe uma boa opção para dietas de emagrecimento.

Pessoas necessitadas de reduzir o colesterol ruim nocivo ao coração certamente encontram no peixe uma opção de alimento saudável.

Em outras palavras, então, truta é bom para dietas. Mas, é claro, desde que você tenha uma alimentação saudável e pratique atividades físicas regularmente.

Nutrientes da truta

Além de ômega-3 (que, como vimos, está presente em abundância nos peixes), elementos como fósforo, cálcio, vitamina A, potássio e selênio compõem os nutrientes da truta.

Destaque para o alto índice de proteínas. Sim, é isos mesmo! As proteínas da truta chegam a ser superiores aos níveis encontrados na carne bovina.

Esse é outro fator que explica a adequação para dietas de emagrecimento, pois mesmo fornecendo menos calorias, compensa muito com as proteínas, vitais para uma alimentação saudável.

Mercado de truta no Brasil

Como está o mercado do peixe truta no Brasil?

O maior criador de truta peixe no país, sem dúvida, é o estado de Sul de Minas Gerais, a região Sul do estado. Os produtores locais apostam na truta salmonada para competir com o salmão chileno.

A criação de trutas nessa região alcançou a marca de 5 mil toneladas por ano. Dos 41 municípios produtores de truta no Brasil, 13 estão em Minas Gerais. A produção e consumo de peixes no Brasil têm aumentado de forma geral nos últimos anos.

Em 2019, as importações de salmões chilenos e trutas chegaram a cifra de 590 milhões de dólares – número que representa crescimento de 3,46% em relação ao ano anterior.

Já as toneladas importadas em 2019 tiveram aumento de 11,5%, com 95.511 mil toneladas.

O momento tem se mostrado favorável para a produção e venda de peixes, incluindo a truta. Abaixo fornecemos números do setor como um todo.


Mercado de peixes no Brasil

A compra de peixes no Brasil vem em uma crescente animadora nos últimos anos. O aumento do consumo tem impulsionado a competitividade do produto frente a outras proteínas.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), a média anual brasileira de consumo de peixes é de 10 quilos.

Número, entretanto, ainda inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 20 quilos.

Certamente, o maior produtor de peixes no Brasil é o Paraná. Os paranaenses produzem 93,6 mil toneladas por ano. O segundo maior produtor de peixes é Rondônia, com 74,7 mil toneladas. São Paulo aparece em terceiro lugar na produção anual de peixes, com 65,4 mil toneladas.

No entanto, a região que mais produz, somando-se todos os estados que a compõem, é a região Norte. Os nortistas produzem 158,9 mil toneladas/ano.

A região que vem em seguida no ranking de produção é a região Sul. Ela produz mais de 150 mil toneladas anualmente.

Centro-Oeste ocupa a terceira colocação ao produzir mais de 120 mil toneladas de peixe ao ano.

Na sequência vem o Nordeste que chega a produzir quase 105 mil toneladas de peixe.

Por fim, temos o Sudeste que produz um pouco mais de 100 mil toneladas ao ano.

Importação de trutas

Os números mostram que se o Brasil tivesse condições de produzir mais, o brasileiro consumiria mais. A maior produção diminuiria a necessidade de importações de peixe e deixaria o produto mais barato, facilitando o acesso dos consumidores.

Todos os anos, o Brasil importa cerca de 1,3 milhões de dólares em peixes. Os principais parceiros comerciais do Brasil são o Chile, a Argentina e a China.

As variedades mais requisitadas de peixes são o peixe panga, a merlusa e a polaca do Alasca.

As dificuldades verificadas para o aumento da produção de peixes é a legislação ambiental. Não que seja exagerada ou desnecessária, mas não é padronizada.

Cada estado tem uma legislação própria. De tal forma, a situação obriga pescadores e produtores a fazerem um grande esforço de adaptação para não cometerem uma infração ambiental. Sem dúvida, outra questão problemática é a cessão de uso de água da União.

Algumas áreas não são liberadas para pesca. Pedidos são feitos à Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, porém as análises desses pedidos tramitam há mais de 10 anos em Brasília.

Esses problemas, certamente, prejudicam o aumento da produção de peixes de todas as espécies, incluindo a truta. Assim, mais esforços são necessários para que o mercado tenha melhores resultados, mas sem nunca deixar de se preocupar com a preservação das espécies.

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