Pecuária

Cordeiro e as características da sua criação no Brasil

Cordeiro e as características da sua criação no Brasil

O cordeiro é nada mais que o nome usado para definir a primeira fase de vida das ovelhas e dos carneiros no pasto. Em muitos dos casos, a fase de desenvolvimento é interrompida logo no início para o consumo da carne do animal ainda jovem. Esta atividade é muito comum por conta da diferença da carne durante as fases de criação do animal.

A criação do cordeiro demanda um alto investimento inicial do produtor. O animal precisa de um pasto vasto e um controle de pragas constante. Além disso, sua alimentação deve ser bem regrada, em especial, no caso das fêmeas, para que em seu momento de gestação não sofram complicações.

  1. O que é cordeiro?
  2. Raças de ovinos
  3. Qual a diferença entre cabrito e cordeiro?
  4. Criação de cordeiro
  5. Alimentação dos cordeiros
  6. Como as ovelhas cuidam dos cordeiros?
  7. Carne de ovinos
  8. Carne de ovelha e de cordeiro
  9. Cordeiro de Deus
  10. Qual a diferença entre cordeiro, carneiro e ovelha?
  11. Partos duplos de ovinos
  12. Cuidados básicos com cordeiros
  13. Como dar mamadeira a um cordeiro?
  14. Dieta sólida para cordeiros
  15. Dieta do cordeiro durante o crescimento
  16. Desmame do cordeiro

Cordeiro

O que é cordeiro?

O cordeiro é o filhote da ovelha, considerada a fase mais importante na criação do animal. É da espécie dos ovinos e grande parte de sua criação está dentro de rebanhos. Nesta primeira fase da vida, eles são de caráter dócil e, portanto, o manejo é fácil. O animal recebe esta nomenclatura apenas em seu primeiro ano de vida. Eles também podem ser chamados de anhos ou borregos.

A criação acontece em todas as partes do mundo, pois o animal, quando atinge sua maturidade, é uma grande fonte de renda. Isso porque ele tem seu uso voltado para a indústria da lã, de carne, de laticínios e até de couro. As ovelhas passaram a ser domesticadas em uma época conhecida como Idade do Bonze, em 3.300 a.C.

Raças de ovinos

A raça mais conhecida no Brasil é a merino australiano. Esta espécie é a que melhor se adapta ao clima tropical brasileiro. A sua criação no país é voltada para a produção de lã fina e leite.

Outra também bastante conhecida nos pastos é a border leicester; este animal é voltado para a produção de lã e ideal no corte de carne. Ambas as raças foram trazidas do Ocidente e seu manejo não demanda cuidados específicos.

Para a criação de ovinos é necessário um manejo específico e um grande investimento. Os fazendeiros interessados podem desembolsar até 80 mil reais com a criação de cem cabeças de cordeiro. O custo benefício se apresenta a longo prazo e renda muito para o criador.

A melhor forma de iniciar um produção que prometa eficiência é a partir da compra de animais da melhor qualidade; e se atentar à saúde dos filhotes é muito importante. Além do leite que este animal produz em seu período de maturidade, o ovino também é explorado em outros campos grandes da indústria. O uso da sua pele para a fabricação de couro é um bom exemplo disso.

Qual a diferença entre cabrito e cordeiro?

A principal diferença entre o cordeiro e o cabrito é a linhagem deles. Enquanto o cabrito é filhote da cabra com o bode, o cordeiro é o filhote da ovelha com o carneiro. O cordeiro é caracterizado pelo seu corpo de caráter robusto e conta com uma cabeça arredondada; além disso, suas orelhas são menores que as do cabritos.

Pelo fato de os cordeiros serem de maior porte e com ossos mais largos, os corte da carne é feito em maior proporção. O consumo da carne deste animal é muito popular em quase todas as regiões do Brasil; em destaque, no Rio Grande do Sul, por conta do alto nível de criação do animal na região.

Já no caso do cabrito, o animal é caracterizado por ter uma cabeça alongada e as orelhas caídas. Entretanto, sua principal diferença para o cordeiro está no sabor da carne, que é de caráter magro e sabor suave.

A coloração da peça é relativamente mais escura que a do cordeiro, e também apresenta mais fibras. Saudável, a carne do cabrito é ideal para os que buscam uma refeição com baixo teor de gordura.

Criação de cordeiro

A criação do cordeiro é muito comum no Brasil, em especial nas regiões mais frias do país. Os animais são criados em pasto e lidam bem com outros bichos; sendo que, nesta primeira etapa de vida, são muito dóceis para o manejo.

Entretanto, as fêmeas são muito sensíveis e exigem cuidados especiais diariamente; como, por exemplo, realizar a limpeza do casco constantemente evitar qualquer tipo de infecção. Outro tipo de cuidado é a realização de exames semanais para certificar que não existe a presença de qualquer manifestação de verminoses; que exige o uso de vermífugo nos animais.

Outro ponto importante é estar atento para o período de vacinação dos animais. Isso porque a prevenção de doença por este tipo de método é considerada a mais eficaz entre os veterinários. Vale citar que também é importante manter o ambiente de criação sempre limpo e procurar balancear a alimentação.

Outra forma de evitar a manifestação de verminoses é com a prática do rodízio de pasto. Esta atividade consiste em mudar com certa constância o local em que os animais passam a maior parte de seu tempo, o pasto. Em fazendas de grande extensão, é possível organizar os animais desta forma e manter sua saúde em dia.

Além de todos estes aspectos da criação, é fundamental que o criador tenha uma gestão de qualidade. Ou seja, ele deve ser capaz de fazer os animais se desenvolverem de maneira que o custo de criação seja menor que o lucro.

Cordeiro

Alimentação dos cordeiros

Em sua base alimentar, estes animais demandam uma maior taxa de energia para permanecer no pasto, assim como para as fêmeas terem uma gestação sem complicações. O criador pode investir em milho e suplementos alimentares na ração destes animais como forma de os manter saudáveis.

Há diversos casos de problemas após o parto em que a ovelha precisa ser abatida, pois não contém nutrientes necessários para sobreviver, muito menos para alimentar o filhote. A maior parte das criações em rebanho são voltadas para a produção de carne e leite.

Como as ovelhas cuidam dos cordeiros?

As fêmeas, após oito meses de vida, já podem ser emprenhadas para dar inicio à cadeia produtiva. Em um cenário saudável, elas podem gerar três filhotes no período de dois anos. Para cada uma das gestações, as ovelhas levam cerca de cinco meses por ciclo.

Depois da cada ciclo, é necessário que o produtor aguarde cerca de três meses para dar início em uma próxima gestação. Entre o nascimento dos filhotes e o período de desmame, são cerca de 60 dias.

Durante todo este período, os animais são criados em pasto com cuidados especiais para cada criação. No entanto, ao atingir a maturidade, os animais são abatidos quando alcançam 40 kg.

Um fato curioso sobre as fêmeas é que elas não são de caráter materno. Deste modo, alguns tipos de manejo podem ajudar a evitar que a ovelha abandone o cordeiro logo após o parto. Este tipo de comportamento acontece com ovelhas de primeira cria e também com as que contém alguma dificuldade física em razão do parto.

Para fazer com o animal aceite o filhote, pode ser forçado o contato por algum tempo; já que, sem os cuidados da ovelha, o cordeiro não tem sua sobrevivência garantida, pois é incapaz de viver sem o leite materno.

Carne de ovinos

A carne dos ovinos, em especial das ovelhas, é uma grande fonte de proteínas e fibras. O consumo nacional é em grande escala, contudo, apenas a produção nacional não abastece o país. Atualmente, mais de 20% da carne de cordeiro consumida no Brasil é proveniente do Uruguai.

Outro ponto importante é que a parcela das pessoas já consumiram a carne deste animal não sabe a diferença entre ela e a de outro ovino; como a da ovelha, por exemplo.

O consumo da carne de cabrito é popular tanto no Nordeste do país como em regiões que recebem alto índice de imigrantes nordestinos como, por exemplo, São Paulo. Em âmbito mundial, seu consumo está presente em algumas regiões da Europa, como a Itália, Portugal e na Arábia.

Por conta dos baixos níveis de gordura, a carne do animal está sendo implementada cada vez mais no cardápio. Outro ponto importante é a alta taxa de ômega 3 e 6 que o alimento contém; estas substâncias são responsáveis por ações anti-inflamatórias do sistema imune.

Carne de ovelha e de cordeiro

A carne da ovelha e a carne de cordeiro são diferenciadas, justamente, pela fase em que o animal se encontra. No caso dos cordeiros, os animais ainda não desenvolveram dentes e sua carne é mais delicada.

Além disso, é de coloração levemente rosada e contém menor teor de gordura que de uma ovelha adulta. Já no caso da carne de ovelha, a carne contém fibras mais robustas e peça pode apresentar um teor mais grosso.

Cordeiro

Cordeiro de Deus

O termo cordeiro não é apenas utilizado para se referir ao filhote da ovelha, e ele também está presente no livro bíblico. A expressão cordeiro de Deus é utilizada na religião cristã para se referir à Jesus Cristo. A figura religiosa recebe esta nomenclatura por conta da atitude de sacrifício que está descrita nas passagens da Bíblia.

Qual a diferença entre cordeiro, carneiro e ovelha?

Desde que o mundo é mundo, há essa confusão relacionada à cordeiro, carneiro e ovelha. Apesar de parecidos e pertencerem à mesma espécie, são diferentes e devem ser chamados de acordo com as suas características.

Essa confusão pode parecer impensável para quem está acostumado a criar esse tipo de animal ou para quem tem intimidade com o campo, mas para os menos familiarizados e até mesmo para moradores de zonas urbanas, essa confusão é frequente.

Portanto, para acabar com essa mistura de animais, entenda a diferença entre ovelha, cordeiro e carneiro:

  • Ovelha: costuma-se usar o termo “ovelha” para se referir a todos os bichos da espécie, porém isso é um erro, pois ovelha se refere tão somente às fêmeas;
  • Carneiro: é o macho de ovelha. Portanto, grave: ovelha é a fêmea, carneiro é o macho. Até a terminação dos nomes ajuda, pois ovelha é feminino e carneiro é masculino. Não tem erro;
  • Cordeiro: o resultado do cruzamento entre carneiro e ovelha é o cordeiro. Logo, o cordeiro é o filhote da espécie, ou seja, uma ovelha ou um carneiro em fase de desenvolvimento.

Partos duplos de ovinos

A incidência de nascimento de gêmeos entre ovinos vai de 20% a 40%. Segundo veterinários, um cordeiro resultante de parto duplo costuma ser mais frágil, menor e mais leve, principalmente o último a nascer.

Em razão da fragilidade maior em comparação aos cordeiros de parto normal, as mortes de gêmeos (ou de ao menos um deles) são mais frequentes.

Considerando a taxa de incidência mencionada, conseguir reduzir as perdas da espécie em partos duplos significa ganho de produtividade, sem dúvida, muito lucrativo para o pecuarista.

Mas por que a fragilidade provoca mais mortes de cordeiros?

É simples: sendo mais frágeis, são mais lentos para se levantar e principalmente para correr e disputar o alimento, o leite materno, com os seus irmãos. Perdendo invariavelmente a disputa, ficam mal nutridos.

A fragilidade natural do nascimento e a má alimentação é uma soma perigosa que propicia o desenvolvimento de doenças, em especial as respiratórias.

Acresce ainda que os cuidados não devem ficar restritos apenas aos filhotes. A mãe merece atenção especial quanto a sua alimentação, sendo necessário fornecer uma dieta balanceada.

Há casos em que se faz preciso suplementar a alimentação dos filhotes com leite, pois a ovelha pode ficar debilitada se não produzir no volume requisitado. Essa situação ocorre principalmente com trigêmeos.

Nesse caso, ainda, uma opção a se considerar é o aleitamento artificial em separado.

Cuidados básicos com cordeiros

Há cuidados que devem ser observados independente da quantidade de cordeiros em um parto.

Por exemplo: é essencial que a cria mame logo nas primeiras horas de vida. O colostro tem papel fundamental para o desenvolvimento dos filhotes.

Já foi constatado por intermédio de pesquisas que animais que não mamam colostro são acometidos constantemente por doenças como pneumonia, além de apresentarem baixo peso e lentidão excessiva no desenvolvimento.

Para garantir a assistência quanto a esse alimento providencial nos primeiros dias de nascimento do cordeiro, uma dica dada por especialistas da área é manter colostros congelados em frascos.

Tal prática visa fornecer esse colostro armazenado aos filhotes que não conseguem mamar ou nos casos em que a mãe não consegue produzir leite suficiente para amamentar todos os filhotes.

O colostro pode permanecer congelado, em média, de 2 a 3 meses. Importante que, antes do seu uso, deve ser descongelado em banho-maria.

Outro procedimento importante a se adotar a fim de garantir maior longevidade dos cordeiros de nascimento de parto duplo ou triplo é fazer a cura do umbigo.

Passa-se uma solução de álcool iodado entre 5% e 10% no umbigo dos animais, imediatamente após o nascimento, para evitar infecções. As consequências de umbigos infeccionados para a saúde dos filhotes são inflamações nas articulações, febre, perda de apetite e septicemia, que pode levar à morte.

Recomenda-se manter os cordeiros em locais secos e com barreiras para protegê-los do vento e do frio. Esse procedimento é obrigatório para regiões e épocas frias.

Cordeiro

Hipotérmicos e limpeza

Caso o cordeiro esteja hipotérmico, siga o procedimento a seguir para fazê-lo retornar à temperatura normal:

  • Envolva o cordeiro em um pano seco;
  • Cerque-o por bolsas de água quente;
  • Aplique vitaminas do complexo B subcutaneamente (essas vitaminas estimulam o metabolismo energético).

Para evitar esse transtorno e trabalho, é recomendado planejar a parição para épocas quentes.

Medidas simples de limpeza nas instalações onde ficam mãe e filho, bem como aplicação de vermífugos, são eficazes para evitar doenças como eimeriose e verminose.

Como dar mamadeira a um cordeiro?

Não é uma situação tão inusitada, porque é mais frequente do que se imagina.

Como informado anteriormente, as ovelhas não são a espécie mais apegada aos filhos na natureza. Se essa relação não for bem trabalhada e forçada logo de início, a mãe pode simplesmente rejeitá-lo.

Mas não é só esse caso em que é preciso dar de mamar para um cordeiro utilizando uma mamadeira. Pode ocorrer uma fatalidade que obrigue tal situação. A mãe pode morrer, seja no parto ou por outra causa, bem no período que os filhotes precisam de amamentação.

Caso esse cenário se desenvolva, como fazer para dar de mamar a um cordeiro direto na mamadeira?

Evidente que não será a mesma coisa que alimentar uma criança, embora haja semelhanças inegáveis.

Para não se complicar nesse trabalho e correr o risco de ter mais perda no seu rebanho, confira as dicas a seguir.

  • Como preparar a mamadeira?

Naturalmente, o primeiro passo dessa tarefa é preparar a mamadeira.

Como viu acima, o colostro é importantíssimo para a alimentação dos cordeiros em seus primeiros dias. É o primeiro leite que a ovelha produz depois do parto.

Conseguir esse leite não é algo simples, por isso o mais indicado é procurar um substituto. Felizmente esse substituto existe e é vendido em locais que fornecem alimento para gado.

Importante ter em mente que um filhote deve receber 10% do peso do próprio corpo em colostro. Isso significa que um cordeiro de 5 kg, por exemplo, precisa consumir 500 gramas de colostro logo no seu primeiro dia de nascimento.

O leite de ovelha também pode ser substituído e deverá integrar a dieta do animal nas suas 13 primeiras semanas de vida.

O substituto do leite de ovelha também pode ser comprado em locais que vendem ração para gado.

No entanto, depois que abrir o leite, terá que deixá-lo em uma garrafa fechada. Para evitar a infestação de insetos em torno da garrafa coloque sobre ela algumas folhas de louro.

Atente-se para pegar um leite que seja próprio para cordeiros. Evite pegar leite feito para outros animais.

Uma confusão nesse sentido, feito com frequência, é pegar leite de bezerro. Leite de animal diferente não tem as vitaminas e nutrientes necessários para o bom desenvolvimento do cordeiro.

  • E se não houver leite?

Uma adversidade que pode enfrentar é a de não conseguir encontrar o leite nos locais de venda, seja pelos locais que visitou não trabalharem com esse tipo de produto ou justamente na hora que procurou os estoques se esgotaram.

Esse é o pior cenário, principalmente para o leite de substituição de colostro.

Diante dessa situação, a alternativa é fazer você mesmo o leite.

Para fazer esse alimento de substituição do colostro, precisará desses ingredientes:

  • Leite de vaca (740 ml);
  • Óleo de fígado de bacalhau (uma colher de chá);
  • Um (01) ovo batido;
  • Glicose (uma colher de chá).

Basta misturar esses ingredientes para produzir o leite caseiro de substituição.

Outra receita é juntar 600 ml de leite de vaca, óleo de rícino, uma colher de chá e um ovo batido.

Para o de substituição de leite, precisará de:

  • Xarope de milho escuro (uma colher de chá);
  • Manteiga (uma colher de chá);
  • Leite evaporado (uma lata);
  • Vitaminas orais e líquidas para cordeiros – podem ser adquiridas em lojas de ração.
  • Características da mamadeira

A mamadeira para se alimentar o cordeiro deve ser de 240 ml e o bico precisa ser de borracha.

A primeira mamadeira tem que ser preenchida com o colostro, como já informado, em quantidade que corresponda a 10% do peso do animal. É obrigatório dar nas primeiras 24 horas de nascimento.

Nesse período, tente alimentar o cordeiro a cada 2 horas.

Após o colostro, passadas 24 horas, o filhote deve ser alimentado com leite. Coloque na mamadeira 140 ml do substituto a cada 4 horas.

Depois desse período, alimente o cordeiro com 200 ml a cada 4 horas e 4 vezes por semana.

Encerrada as 2 primeiras semanas, é permitido aumentar a dosagem gradualmente.

Aqueça, cuidando para não deixar o líquido escaldante. Esquente apenas para ficar quente ao toque.

O bico da mamadeira recebe atenção especial porque tem que ser esterilizado. O bico pode se tornar berço de bactérias se tiver resíduos de leite. O ideal é usar um esterilizador de mamadeira a vapor.

Jamais use água sanitária para fazer essa limpeza, pois a substância pode estragar o material.

Cordeiro

  • Como dar a mamadeira?

A parte que costuma gerar dúvidas é sobre o melhor método de aplicar a mamadeira na boca do filhote. O procedimento é simples.

O filhote tem que estar de pé, 4 patas encostadas no chão, portanto, tem que estar de 4. Nada de pegá-lo no colo como um bebê. Essa posição pode favorecer a formação de coágulo em seu pulmão.

Na posição de 4, erga a sua cabeça pegando pelo queixo e apoiando a outra mão na nuca.

Instintivamente o filhote irá sugar o líquido na mamadeira quando esta se aproximar de sua boca. Portanto, não precisa forçar a saída do leite.

Contudo, há casos em que o cordeiro não suga espontaneamente. Em tal situação, recomenda-se apertar o bico da garrafa de encontro à boca do filhote para incentivá-lo a se alimentar.

Dieta sólida para cordeiros

Na primeira semana de nascimento, a dieta do animal deve ser totalmente líquida, mas, após esse tempo, alimentos sólidos podem ser incluídos no cardápio.

Acrescente feno, grama e água fresca também. No caso desses alimentos, pode deixar o cordeiro comer o quanto quiser.

Ao perceber que ele está forte, permita-o pastar com o resto do rebanho. Essa prática, sem dúvida, contribui para sua socialização com os outros animais.

Dieta do cordeiro durante o crescimento

É necessário aumentar a dose de leite conforme o crescimento do animal. A conta para acrescer adequadamente e no tempo certo a porção diária de alimento é a seguinte:

  • A cada 2 semanas, a dose diária tem que ser aumentada;
  • Como viu acima, nas 2 primeiras semanas, é preciso oferecer 200 ml por 4 vezes ao dia. Passado esse tempo, aumente gradualmente o volume até chegar a 500 ml, também 4 vezes por dia;
  • Aguarde mais 2 semanas e repita o mesmo processo de aumento gradual até chegar a 700 ml, novamente 4 vezes ao dia;
  • Chegando na quinta ou sexta semana, comece a reduzir essa quantidade até 500 ml por 2 vezes ao dia.

Desmame do cordeiro

Na 13ª semana, o cordeiro tem que estar desmamado. Isto é, ter interrompido a sua dieta de leite e ter passado a se alimentar exclusivamente de alimentos sólidos como feno, grama, ração, etc.

Por isso, fique de olho no tempo, se programe para reduzir a mamadeira aos poucos até que na 13ª semana o animal já não dependa mais do líquido.

A fase de desacelerar o uso da mamadeira pode se iniciar na 5ª ou 6ª semana.

Na hora da amamentação, é preciso atenção para verificar se o cordeiro está se alimentando direito. Isso envolve mamar de menos e também demais. Há formas de se fazer essa avaliação e assim evitar problemas.

Por exemplo, após se alimentar, as laterais do filhote devem ficar retas, dos quartos até as costelas.

Esse alinhamento é indicativo de que o cordeiro recebeu alimento na quantidade certa.

Diminua a dosagem se perceber que as laterais ficam muito cheias depois da refeição. É sinal de exagero.

Um cordeiro precisa da presença de sua mãe não só para receber o leite materno, mas também para se proteger do estado de hipotermia. O calor corporal da mãe na hora da mama evita tal estado.

Uma vez sem mãe para alimentar as crias, o criador tem que adotar algumas medidas para evitar o quadro hipotérmico.

A primeira providência é manter os currais protegidos de correntes de ar, principalmente nas épocas frias. Outra medida é enrolar o cordeiro em uma toalha ou usar um casaquinho.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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