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Meio Ambiente

Pradarias são áreas propícias para agricultura e pecuária

Pradarias

Pradarias são formações bastante utilizadas como campos para pastagem e criação de gado. As pradarias são formações campestres na qual predominam gramíneas. O tamanho delas, geralmente, varia de poucos centímetros até dois metros de altura.

Existem pradarias em diversas regiões do mundo, como Ásia Central, Argentina, Uruguai, EUA e México. No Brasil, elas estão localizadas no Rio Grande do Sul e são conhecidas como pampas. São áreas amplamente utilizadas como campos de pastagens para criação de gado. Além disso, servem como áreas de plantações, já que apresentam solos muito férteis.

  1. O que são pradarias?
  2. Tipos de pradarias
  3. Qual a diferença entre pradarias e estepes?
  4. Vegetação das pradarias
  5. Quais animais vivem na pradaria?>
  6. Problemas ambientais nas pradarias
  7. Significado de pradaria
  8. O clima das pradarias
  9. Pradarias ameaçadas
  10. Consequências do desgaste do meio ambiente
  11. Principais pradarias pelo mundo
  12. Serengeti
  13. Estepe mongol
  14. Pradarias de Banni
  15. Grandes planícies
  16. Pampas
  17. Pampas gaúchos
  18. Grandes biomas brasileiros
  19. Amazônia
  20. Cerrado
  21. Caatinga
  22. Mata Atlântica
  23. Pantanal


O que são pradarias?

As pradarias são semelhantes aos estepes e ocorrem com mais frequência em áreas com clima temperado. A fertilidade do solo pode ser atribuídas à grande quantidade de matéria orgânica disponível nestas áreas. Esse acúmulo de material é originado a partir da curta vida das plantas, que morrem nos períodos mais secos, formando uma camada de húmus no solo.

No Brasil, as áreas de pradarias são valorizadas pelos criadores de gado por apresentarem características favoráveis aos animais como relevo plano ou pouco ondulado, grandes extensões territoriais sem árvores grandiosas e rica vegetação disponível ao consumo do gado.

Tipos de pradarias

As pradarias são mais comuns em áreas de clima temperado, com estações do ano bem marcadas: verões e primaveras chuvosos, outono e inverno secos. No entanto, também ocorre esse tipo de formação em regiões tropicais.

De acordo com o clima, as pradarias podem ser de dois básicos:

Levando em conta o tipo de vegetação, elas podem ser classificadas da seguinte forma:

Qual a diferença entre pradarias e estepes?

As estepes são um tipo de formação semelhante às pradarias. Ocorrem em regiões específicos do planeta, como zonas de transição entre savanas e desertos. O relevo das estepes, assim como o das pradarias, é plano ou levemente ondulado. A sua vegetação é basicamente composta por plantas herbáceas que se desenvolvem de modo contínuo pelo terreno.

Embora tenham várias semelhanças, sobretudo em relação aos tipos de vegetação, as pradarias e estepes se diferenciam pelo clima predominante em cada uma delas. As pradarias se desenvolvem com mais facilidade em climas temperados e tropicais. Por outro lado, as estepes são mais comuns em regiões de semiárido.

Vegetação das pradarias

A paisagem das pradarias é quase homogênea, marcada por relevo baixo. A flora é formada por diferentes espécies de vegetação rasteira e plantas leguminosas.

Quais animais vivem na pradaria?

A fauna, por sua vez, é rica e composta por espécies variadas de aves (avestruz, pombo, perdiz, pica pau), mamíferos (búfalos, veados, raposas, elefantes, leões, lebres), além de repteis e insetos.


Problemas ambientais nas pradarias

Assim como todas as formações naturais da Terra, as pradarias sofrem com a ação do homem. A pecuária extensiva e as monoculturas são algumas das principais atividades econômicas que vem afetando muito esse tipo de vegetação. Portanto, o uso do solo para a criação do gado e a agricultura deve ser moderado para não provocar a sua degradação.

A desertificação é um problemas grave das pradarias. As queimadas são as principais responsáveis por esse processo, que é irreversível e resulta na morte de diversas espécies vegetais e animais.

Significado de pradaria

Já foi explicado a que se refere o termo pradarias, mas qual é o significado exato dessa palavra que justifica o seu emprego para se referir a esse tipo de planície de vegetação e fauna tão características?

Pradaria é um termo retirado da língua francesa e significa “nuvem”. Ela foi empregada pela primeira vez no século XVIII para se referir às pradarias altas localizadas na América do Norte.

Supomos que o emprego desse termo, essa comparação com nuvem, se deve à regularidade da planície e da vegetação, mantendo um padrão que se difere, por exemplo, das savanas, que apresentam árvores de diferentes tamanhos e por isso passam um visual mais caótico, denso, fechado.

As pradarias já passam um clima mais ordeiro, bucólico, regular.

O clima das pradarias

O clima predominante nas pradarias é o seco. Os verões são intensos, assim como o inverno. As chuvas, no entanto, são moderadas nas áreas de pradarias.

No verão a temperatura pode atingir os 38 °C e no inverno chega a cair até 34 °C negativos, isso na maioria das pradarias.

Como dito, o volume de chuvas não chega a causar alarde e é satisfatório para as plantações locais.

A precipitação pluviométrica varia de 510 a 890 mm – isto, por ano. Essa densidade pluviométrica é inferior, por exemplo, às verificadas em florestas. Contudo, esse número é superior ao notado em estepes, principalmente durante o verão.

Pradarias ameaçadas

Um dado preocupante referente às pradarias é que apenas 5% dos prados de todo o mundo são preservados. Isso mesmo: o homem já destruiu mais de 90% da grama do nosso planeta.

A principal razão é o plantio de comida. Esse dado mostra que esse bioma é um dos mais desprotegidos do mundo, fazendo lembrar que certamente é importante lutar pela preservação de florestas tropicais, no entanto, não se pode deixar de lado as pradarias que enfrentam uma situação dramática.

O pouco que resta das pradarias se encontra em condição bem frágil. Isso acontece porque a sazonalidade das pastagens a torna vulnerável às mudanças do clima.

Ou seja, diante desses dados, é inequívoca a constatação de que as pradarias estão, sim, sob-risco.


Consequências do desgaste do meio ambiente

Apenas para ficar em alguns exemplos, as espécies de aves moradoras do bioma sofreriam terrivelmente com essa perda e provavelmente deixariam de existir. Isso certamente causaria desequilíbrio ambiental grave.

Outra perda preocupante seria a da vegetação rica com capacidades curativas. Nos pampas, por exemplo, descobriu-se uma pequena guaxuma com ação antifúngica. Essa planta é capaz de vencer a Candida.

Outra espécie de planta, a bauhínia, também conhecida como “pata-de-vaca”, consegue reduzir o nível de açúcar do sangue ao ser ingerida por meio de chá, sendo um importante auxiliar no combate à diabetes.

É claro, existam tipos de plantas capazes de tratar outras doenças que ainda não se conhece soluções eficazes ou mais efetivas.

Ou seja, o prejuízo em termos de conhecimento, de possibilidades de encontrar soluções para problemas ainda sem respostas, seria considerável.

Principais pradarias pelo mundo

Quais são as principais pradarias remanescentes no mundo e como está a situação de cada uma delas em termos de preservação? Vejamos em seguida.

As pradarias de Serengeti ficam localizadas na Tanzânia. É, sem dúvida, um dos ecossistemas mais antigos do planeta. Especialistas acreditam que a flora, a fauna e o clima da região praticamente não sofreram alterações em milhões de anos.

No entanto, essa permanência tão durável desses recursos não salva a região de preocupações quanto à sua preservação, pois já é perceptível a presença de população humana perto de suas margens.

Invasões começaram a ocorrer com alguma frequência, resultando na morte de mamíferos que são importantes para o equilíbrio ambiental da região, pois seus excrementos ajudam na alimentação das plantas.

Também se tem notado gado pastando em áreas protegidas.

Certamente, a ganância e insensibilidade de alguns produtores rurais explicam esse aumento da presença humana nessas pradarias, mas é inegável também o problema habitacional, da desigualdade existente na região, que motiva pessoas a buscarem melhores oportunidades e locais para se assentarem e desfrutarem de melhores condições de vida.

Sem dúvida, é uma das maiores pradarias do mundo que cobre regiões da China, Mongólia e Rússia. São mais de 866 mil quilômetros quadrados.

A região já começa a enfrentar problemas com a seca e mineração, que têm diminuído a área de cobertura da estepe. O impulso da privatização também tem contribuído para a perda de território.

Outro fator de desgaste da região é o cultivo de rebanhos maiores de gado em terras menores, contrariando a recomendação da aplicação de gado nômade tradicional que não agride a flora.

Para completar, houve um aumento da demanda por caxemira – isso teve como efeito impulsionar o aumento de caprinos domesticados. Esses animais comem as raízes das plantas nas pradarias para se alimentarem, ato que torna mais difícil a regeneração das plantas.

Essas pradarias localizadas na Índia sofreram um grande baque no século XX.

Até a década de 1960 suas planícies tinham permanecidos praticamente intactas. Contudo, foi nesse período que o governo começou a plantar uma planta de nome científico Prosopis juliflora com o objetivo de proteger a área dos pântanos salgados do norte.

E qual foi o problema dessa atitude bem intencionada? Ocorre que o arbusto invasivo teve como efeito sufocar as plantas nativas das pradarias.

Mas não foi só isso que provocou grandes danos à região.

O represamento dos rios feito pelos humanos foi catastrófico. O objetivo do represamento foi o de redirecionar a hidratação para as plantações. Entretanto, boa parte da região ficou sem o acesso da água desses rios, se tornando salgado e infértil com o decorrer do tempo.

Calcula-se que metade da região existente até o começo dos anos 1960 se encontre agora nessa situação de inutilidade.

A degradação dessas pradarias localizadas nos EUA ocorreu um pouco mais cedo em comparação com a última.

Foi no século XIX quando os colonos mataram de 30 a 50 milhões de bisões. Esse mamífero contribui para a flora nativa das pradarias ao fertilizá-la e roçá-la.

Sem bisão, portanto, sem roça e sem fertilização – e claro que as pradarias sofreram muito com essa perda.

Estima-se que apenas metades dos 720 milhões de acres originais pertencentes à planície do Meio-Oeste americano ainda são selvagens.

Outro complicador para a região é que não tardou para os agricultores do país fazerem do mar de grama disponível campos de plantações de trigo e principalmente milho.

A cada ano, os EUA, segundo os especialistas, perdem 1,5 milhão de acres para a agricultura.

Estamos agora falando dos famosos pampas que se estendem da Argentina até o Rio Grande do Sul e Uruguai.

Por contar com solo fértil, o local se tornou alvo da agricultura de milho e principalmente de soja, plantações que se intensificaram nos anos 1980 e 1990.

A soja se tornou a cultura dominante nas pradarias dos pampas devido à demanda local que cresceu bastante nas últimas décadas e seu domínio naturalmente exigiu o uso cada vez maior de terras.

As plantações são um problema para a região porque sugam nitrogênio, potássio e fósforo em velocidade maior do que os agricultores conseguem para repô-las na terra.

Ocorreu também degradação ambiental na região, pois grandes cidades como Buenos Aires foram construídas em áreas que costumavam ser prados selvagens.

Os pampas gaúchos tornam o Brasil um dos poucos países a contar com pradarias preservadas, ainda que estejam em processo de degradação célere por diversos motivos já listados: da ação do homem para aplicar agriculturas no local para se valer da fertilidade de tais terras, ao desmatamento para erigir construções de moradias.

Os pampas gaúchos abrangem não só parte do Rio Grande do Sul, como também partes da Argentina e do Uruguai.

A área tem aproximadamente 180 mil quilômetros quadrados e abriga a maior porcentagem do aquífero Guarani. Nos pampas, há cerca de 800 espécies de gramíneas, 70 espécies de cactos e 200 de leguminosas.

Quanto ao número de aves, a soma chega a 385 e o de mamíferos alcança a marca de 90. Boa parte desses mamíferos são endêmicos, isto é, são animais que vivem exclusivamente na região.

No local há também presença de animais cada vez mais raros, pois correm risco de extinção. É o caso da capivara, da onça-pintada, do lobo-guará, macaco-prego, jaguatirica, lontra, tamanduá, entre outros.

Sem dúvida, nos pampas a agropecuária tem força e isso é um problema em termos de preservação.

Até 50% do solo é ocupado por áreas rurais. Esse número é pequeno, levando em conta outras pradarias existentes no mundo. Porém, os pampas têm a menor área territorial destinada à conservação. Além disso, é a área menos estudada.

A temperatura média do local é de 20 °C, com picos de 35 °C no verão. O inverno é marcado por geadas e também neve. No inverno é o período de maior concentração de chuvas.

Grandes biomas brasileiros

O tema pradarias é uma ótima deixa para se comentar sobre os principais biomas do país com a maior biodiversidade do mundo: Brasil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há 6 tipos de biomas continentais e o pampa é um deles.

A seguir vamos listar e comentar sobre os outros 5 biomas.

A Amazônia é considerada a maior reserva de diversidade biológica do mundo. Esse bioma por si só corresponde a praticamente metade do território brasileiro.

Os estados que abrangem são Amapá, Acre, Amazonas Roraima, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

O clima predominante na Amazônia é quente e úmido. Sua vegetação é de árvores de grande porte provenientes da floresta amazônica.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), na Amazônia existem cerca de 40 mil espécies de plantas e 300 espécies de mamíferos.

O número de aves supera as 1,3 mil espécies. A extensão de florestas densas e abertas chega a 4.196.943 km.

Contudo é preciso uma ressalva. Esses números são anteriores às ondas de queimadas que atingiram o país nos últimos anos, seja por razões climáticas ou pela ação do homem incentivado pela leniência da fiscalização.

O número de queimadas na região atingiu recordes de muitos anos. E a área desmatada, destruída, o número de animais mortos e as espécies de plantas carbonizadas é imenso. Não há uma estatística exata, mas uma projeção catastrófica.

Os estragos serão medidos e sentidos daqui algum tempo, quando o ritmo de destruição diminuir – se é que vai diminuir.

Portanto, em razão desse acontecimento lamentável, os números podem estar desatualizados, contudo eles dão uma estimativa da grandiosidade da área e de sua riqueza, mesmo que não possa mais voltar a apresentá-lo novamente um dia.

Também conhecido como “savana brasileira”, o Cerrado tem uma característica marcante. As duas principais estações, verão e inverno, são muito bem definidas – a primeira bastante úmida, e a segunda bastante seca.

De fauna rica, abriga capivaras, antas, lobos-guarás e muitos outros animais.

A caatinga está presente no Nordeste brasileiro e ocupa grande parte de seu território. A região abrange vários territórios da federação e naturalmente todos do Nordeste: Paraíba, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe e Alagoas.

Ainda é possível encontrar pequenos trechos desse tipo de bioma no estado de Minas Gerais e Maranhão.

A vegetação da Caatinga é típica do clima semiárido. É uma vegetação arbustiva de médio porte com galhos retorcidos e com folhas adaptadas para o período de seca.

Uma espécie de planta característica da Caatinga é o cacto.

A Mata Atlântica está presente na totalidade de 3 estados brasileiros: Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além de marcar presença em partes de 11 estados e grande parte do Paraná. Isso significa que ocupa a faixa litorânea de Norte a Sul do país.

O clima predominante é tropical-úmido e com índice pluviométrico elevado. A vegetação é de árvores de médio e grande porte.

É o bioma de menor extensão territorial no Brasil, pois abrange apenas 2 estados: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O verão é chuvoso e o inverno é seco nessa área.

A vegetação é repleta de gramíneas, plantas rasteiras e arbustos, mas diferente da vegetação de pradarias, apresenta árvores de médio porte. O nome desse bioma é uma referência às regiões alagadiças muito presentes na região, ou seja, a região é repleta de pântanos.

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