Os bulbos auxiliam na sobrevivência dos cultivos e seu desenvolvimento. A agricultura é uma das principais atividades exercidas no setor do agronegócio. Bulbos, ambiente e adaptação fazem parte do planejamento para o cultivo das plantas.
Os bulbos são partes importantes de diversas plantas e devem ser muito bem estudados por agricultores e cultivadores para que seja zelada a saúde e o fortalecimento das plantações.
- O que são bulbos?
- Exemplos de bulbos
- Bulbos de flores
- Bulbos, tubérculos e raízes tuberosas
- Caule do bulbo
- Como cultivar flores com bulbos?
- Manutenção de brotos e bulbos
- Divisão dos bulbos
- A importância dos bulbos
- Órgãos vegetais
O que são bulbos?
Bulbo – ou bolbo – é caracterizado como um órgão vegetal de plantas com longo ciclo de vida, como hibiscos e papoulas. Suas raízes e folhas servem para armazenamento de nutrientes para sobrevivência de plantas em épocas desfavoráveis para capacidade de fotossíntese.
Exemplos de bulbos
Entre os principais e mais conhecidos exemplos de bulbos, podemos citar:
- Bulbo de amarílis: apresentando caule e folhas habituadas para o armazenamento, é considerada um tipo verdadeiro de planta bulbosa.
- Cormo de babiana: caracterizado por um caule inchado para função de armazenamento de alimento, tem uma casca semelhante à de um bulbo verdadeiro. Os mais conhecidos cormos são:
- gladíolo – contém espécies nativas da África do Sul e da Eurásia.
- babiana – podem chegar a 30 centímetros de altura; crescem no inverno e permanecem até o verão, quando suas folhas secam e caem.
- Rizomas: encontrados na superfície do solo em sentido horizontal; suas folhas e flores brotam em suas extremidades.
- Sólido: faz o armazenamento de reservas nutritivas essenciais para o desenvolvimento da planta.
- Raízes tuberosas: são raízes ricas em amido e outras substâncias de reserva, crescem embaixo do solo e seu desenvolvimento é desencadeado pelo caule principal. Seus exemplos são:
- batata doce;
- dálias;
- cenoura;
- beterraba.
- Tubérculos: possuindo caules mais grossos, sólidos e em diversos formatos, os tubérculos se desenvolvem em regiões laterais à sua mãe, originando novas folhas e raízes. Tubérculos são:
- batatas;
- begônia;
- rabanete;
- mandioquinha.
O cultivo das plantas de bulbos devem ser iniciados visando primeiramente o clima e a temperatura de cada território para plantio. Agricultores que almejam uma farta plantação, devem optar por bulbos que possam ser cultivados constantemente em diferentes estações. Assim, possibilitando que haja produção ao longo de todo o ano todo.
Para cultivos menores e em não territórios rurais, deve haver cuidados maiores para que as plantas estejam sempre adequadas para um crescimento correto. Os bulbos devem estar armazenados em lugares frescos e arejados; deve-se atentar às condições climáticas para que estejam de acordo com o necessário, caso contrário, pode gerar fungos e apodrecimento da planta.
Bulbos de flores
Pode-se realizar a manutenção dos bulbos de flores em:
- canteiros: acompanhado de outras plantas e flores, é recomendado que haja etiquetas que caracterizem os bulbos para não haver confusão. Dessa forma, os plantios devem ser feitos longe do período de chuva – a umidade do solo pode prejudicar o desenvolvimento da plantação – porém, com solo umidificado na proporção adequada ao tipo de planta.
- vasos: devem ser devidamente adaptados para a drenagem do solo, colaborando para que não haja acúmulo de água e apodrecimento da planta. Por isso, deve-se manter as mesmas atenções do cultivo em canteiros. Deve ser coberto com pelo menos 3 cm de terra.
No crescimento saudável dos bulbos, é de extrema importância manter uma regagem regrada; duas ou três vezes por semana é o suficiente para que se mantenha a umidade perfeita do solo.
Bulbos, tubérculos e raízes tuberosas
O bulbo verdadeiro é o órgão de uma planta que armazena as reservas de nutrientes para que ela possa resistir a tempos onde a fotossíntese é difícil. O mesmo ocorre com as raízes tuberosas e com os tubérculos, porém com algumas diferenças.
Desse modo, no bulbo, a reserva de nutrientes é situada exatamente no caule do vegetal, assim como no caso dos tubérculos. Entretanto, no caso das raízes tuberosas, como o próprio nome diz, o órgão que armazena os nutrientes fica na raiz da planta.
São exemplos de bulbos a cebola e o alho. Ou seja, a cebola é o próprio órgão onde ficam estocados os nutrientes para eventuais tempos de escassez, e o bulbo fica quase no caule, sendo as raízes a parte inferior do bulbo que absorve os nutrientes da terra e as folhas acima, saindo do bulbo.
Já no caso da cenoura ou beterraba, estes estão nas próprias raízes da planta, inclusive as raízes saem do corpo dessas tuberosas. Em outras palavras, nas raízes tuberosas a reserva de nutrientes fica dentro da raiz, debaixo da terra, e o caule fica acima do nível da terra.
No entanto, os tubérculos, como as batatas, possuem o caule subterrâneo e têm formato geralmente arredondado. Nesse caso, as raízes não saem do órgão estocador de nutrientes, sendo que as raízes saem do caule. Paralelamente, estão os tubérculos.
Dessa forma, os tubérculos ficam embaixo da terra, junto ao caule subterrâneo, armazenando a energia em formato de amido, inulina, entre outros. Assim sendo, a raiz do tubérculo apenas funciona como um fixador e absorvedor dos nutrientes do solo.
Caule do bulbo
Sabendo que as raízes tuberosas possuem caule acima da superfície da terra e que os tubérculos possuem caule subterrâneo, é preciso assimilar bem a estrutura do caule de um bulbo. Portanto, levando como exemplo a cebola, o caule é, quase, na própria cebola.
Mais precisamente, o caule de uma planta que possui bulbo, como a cebola, é um caule diminuto. Em outras palavras, o caule da cebola corresponde a um pequeno disco basal que fica entre o bulbo e as raízes.
Assim, o caule corresponde exatamente a um eixo cônico que pode ser chamado de prato e fica localizado subterraneamente, entre a cebola (que é o bulbo) e as raízes. Visualmente, tudo parece uma coisa só, como se o caule fosse acoplado à cebola.
O mesmo ocorre com o alho, que também é um bulbo. Porém, nesse caso existem diversos bulbilhos que estão ligados ao caule (aquele disquinho na base da cabeça) que, por sua vez, está conectado às raízes que extraem os nutrientes do solo.
Dessa maneira, fica fácil compreender o que são bulbos, visto que se tratam de órgãos armazenadores de nutrientes. Esses órgãos semelhantes a uma bola são responsáveis por fazerem as plantas brotarem assim que finda o período de dormência.
Como cultivar flores com bulbos?
Sabendo que os bulbos são um órgão capaz de ajudar a planta, muitas pessoas acabam apresentando algumas dúvidas sobre como deve ser feito esse cultivo. Por conta disso, demonstraremos a seguir qual as melhores formas para plantar bulbos de flores.
O cultivo de flores é usado para decoração, seja por floricultores ou por amantes que gostam de cuidar por hobby. Ainda assim, existe uma grande variedade de belíssimas flores que são bulbosas, como é o caso do narciso, do lírio, do gladíolo, entre outras.
Oriundas de locais frios como o Hemisfério Norte, as flores bulbosas resistem ao frio extremo, seja com um pequeno bulbo, com um grande bulbo ou diversos bulbilhos. Porém, esse tipo de planta não possui desenvolvimento como as sementes.
Por conta disso, é necessário utilizar alguns cuidados especiais, como observar o calor e a umidade. Isso porque o Brasil é, predominantemente, quente e úmido, o que difere das condições climáticas que as plantas bulbosas estão acostumadas.
Portanto, é sempre válido observar a região em que o cultivo será feito, visto que flores como a tulipa costumam não germinar em locais quentes. Uma boa escolha é optar pelos amarílis e agapantos, que se desenvolvem bem no calor.
Se o cultivo for feito em vasos, é necessário observar o tamanho das plantas e dos bulbos. No entanto, de um modo geral, as flores bulbosas não costumam exigir vasos muito grandes, apenas tendo como requisito a coerência com o tamanho.
Um bom exemplo disso é a alpínia, que é uma flor de porte avantajado e que exige o plantio, preferencialmente, em canteiros. Por isso, o principal foco é controlar a umidade, temperatura e a nutrição do solo.
Manutenção de brotos e bulbos
A saber, o cultivo das flores bulbosas exige cuidados especiais quanto à manutenção dos brotos e dos bulbos. Nos casos em que os bulbos ainda não geraram brotos, é necessário mantê-los na claridade abundante, porém nunca diretamente no sol.
Isso porque o sol direto pode danificar os brotinhos, assim como a ausência de claridade. Esse cuidado deve ser observado rigorosamente nas primeiras semanas. Depois que os brotos já tiverem surgido, o ideal é mantê-los no sol da manhã.
Nessa fase, colocando os brotos novos apenas no sol da manhã, a tendência é que eles cresçam rapidamente. Assim, com os devidos cuidados do solo e da rega, os brotos gerarão belas flores que viverão um tempo determinado.
O ciclo de vida da planta bulbosa costuma compreender um período de 8 a 10 meses, isso dentro de um ano. Desse modo, ao completar esse ciclo, as flores murcham, as folhas secam e a planta fica aparentemente morta, que é o período de dormência.
Entretanto, a planta não morreu, apenas está no fim de um ciclo. Nesse momento é necessário desenterrar os bulbos, lavá-los e secá-los bem, de modo que eles possam ser embalados em papel toalha a fim de serem armazenados.
Assim sendo, os bulbos embalados em papel toalha devem ser guardados na geladeira até o próximo outono. Dessa forma, ao chegar o outono, eles devem ser replantados, gerando novas folhas e flores. Vale salientar que a embalagem deve ser feita em papel, nunca em plástico.
Da mesma forma, o armazenamento em geladeira deve manter os bulbos no fundo da geladeira, como nos compartimentos de legumes.
Divisão dos bulbos
A fim de multiplicar e gerar novas mudas, é possível dividir os bulbilhos ao final de cada ciclo de vida da planta. Quando chegar o período de dormência, basta fazer a lavagem e armazenamento conforme indicado acima.
Depois disso, basta separar manualmente os diferentes bulbos gerados na mesma planta e, na hora do replantio ao início do outono, basta separá-los em vasos diferentes. Assim sendo, quando chegar a hora de replantar, é indicado fazer uma análise visual dos bulbos.
Se eles apresentarem uma aparência vistosa, basta replantá-los normalmente. Porém, caso os bulbos armazenados apresentem manchas ou marcas estranhas, é indicado fazer uma aplicação de óleo de neem, que é indicado para proteger as plantas de fungos e pragas.
Por isso, é importante manter os bulbos resfriados de acordo com a espécie plantada, principalmente armazenando-os envoltos em papel toalha. O papel permite que haja ventilação, já a embalagem plástica favorece a formação de fungos, danificando os bulbos.
Em caso dos bulbos apresentarem uma aparência seca, isso é um indicador de que eles não se desenvolverão. Nesse sentido, o mais correto a se fazer é descartar os bulbos. Vale observar a indicação da profundidade do plantio dos bulbos segundo a sua espécie.
A fim de salientar bem o que são bulbos, é importante diferenciá-los de outros tipos de órgãos vegetais subterrâneos, apesar das funções similares.
Cormos e rizomas
Apesar de serem semelhantes aos bulbos, os cormos e os rizomas apresentam algumas diferenças em relação a um bulbo verdadeiro. O bulbo, desse modo, é um órgão distinto do caule e das raízes, com a função de armazenar nutrientes.
Por sua vez, os cormos possuem função semelhante, apesar de serem apenas uma parte do caule inchado, modificado para funcionar como um estoque de energias. Possui, então, formato arredondado e aspecto sólido quando cortado.
Na base de um cormo, surgem pequeninos cormos que serão geradores de novas plantas. Assim sendo, é correto afirmar que os cormos funcionam da mesma forma que os bulbos, inclusive gerando novas plantas através de si.
Já os rizomas apresentam formatos diferentes, apesar de terem uma função semelhante. Tratam-se de caules inchados, assim como os cormos, porém os rizomas crescem no sentido horizontal, podendo aparecer na superfície do solo ou subterraneamente.
Nas extremidades dos rizomas surge a parte superior da planta, como as brotações de folhas e flores. Em contrapartida, na parte inferior desse caule inchado se desenvolvem as raízes, a fim de absorver os nutrientes do solo.
Portanto, é correto afirmar que o rizoma forma touceiras, visto que cresce horizontalmente e vai gerando novos brotos laterais nas pontas. Para realizar a divisão dessas novas plantas, basta remover pequenos pedaços da touceira e replantá-los em locais diferentes.
O lírio-do-brejo é, por exemplo, uma flor que possui rizoma. Para pensar precisamente no formato de um rizoma, basta observar um gengibre, da mesma forma que um bulbo se assemelha (inclusive, sendo) a uma cebola.
Apenas os cormos que são mais difíceis de serem vistos por si. Conforme foi mencionado anteriormente, as plantas gladíolo e babiana são exemplos de vegetais que possuem cormos em seus caules.
A importância dos bulbos
Independente do tipo de vegetal, os bulbos possuem a importante função de garantir a sobrevivência e adaptação da planta em questão. Desse modo, os bulbos são importantes para os seres humanos – seja para a alimentação, seja para o cultivo das plantas.
Na alimentação, esse tipo de órgão vegetal é possuidor de uma quantidade abundante de nutrientes, sendo indispensável nas refeições dos humanos. Além disso, a presença de bulbos nas mais variadas plantas ornamentais é um fator que garante resistência e fácil manuseio.
Se tratando da alimentação, por exemplo, os bulbos oferecem ao ser humano uma fonte rica em nutrientes, sendo exatamente os órgãos responsáveis por fazerem com que diversas culturas resistam a períodos de condições extremas.
Ainda assim, a influência desse tipo de vegetal na economia nacional é astronômica. Isso porque é quase impossível pensar em agronegócios sem mencionar a cebola e o alho, além de mencionar os tubérculos e raízes tuberosas.
Nesse sentido, é correto afirmar que a influência dos bulbos é altamente positiva, além de ser algo extremamente importante na conservação das plantas. O mesmo ocorre com os cormos e os rizomas, que possuem diversas propriedades medicinais.
Sem o consumo diário desse tipo de alimento, é praticamente impossível garantir uma boa nutrição e saúde perfeita. Portanto, a produção e comercialização de bulbos, tubérculos, raízes tuberosas e rizomas é extremamente importante para o bem-estar da sociedade como um todo.
Os cormos são considerados bulbos maciços, mas não são verdadeiramente bulbos. O taro, por exemplo, é um cormo comestível, sendo raramente conhecido. Outros exemplos de cormos são a planta verdadeira do açafrão e a palma-de-santa-rita.
Órgãos vegetais
Conforme foi possível observar ao longo desse artigo, somente a cebola e o alho são exemplos comestíveis de bulbos verdadeiros. Porém, é bastante comum observar a utilização do termo para identificar qualquer tipo de formação subterrânea vegetal.
Em outras palavras, essas formações que armazenam energia também são chamadas popularmente de “batatas”, o que demonstra um termo mais errado ainda. Por isso, é importante observar que os bulbos verdadeiros possuem o formato de cebolas.
Já os cormos, que são chamados também de bulbos, não são realmente bulbos. Ou seja, tratam-se de formações arredondadas no caule das plantas, sendo o próprio caule de maneira inchada. Além disso, os cormos apresentam certa dureza em suas cascas.
Já os outros tipos de órgãos armazenadores de energia como os rizomas, tubérculos e raízes tuberosas também são chamados erroneamente de bulbos, apesar de apresentarem diferenças visuais bem mais fáceis de serem identificadas.
Dessa maneira, é válido deixar bem claro que a batata é um tubérculo e que existem outros tipos como o cará, o inhame, o caládio, entre outros. Chamar qualquer tipo de formação arredondada subterrânea de batata é um grande equívoco, apesar de ser comum.
Em suma, os bulbos possuem a mesma função que os tubérculos, cormos, rizomas e raízes tuberosas, porém, todos esses exemplos citados são coisas distintas. Para compreender bem o que são bulbos, é necessário assimilar isso com grande clareza.